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Política Sexta-feira, 26 de Abril de 2024, 09:32 - A | A

26 de Abril de 2024, 09h:32 - A | A

Política / Meio Ambiente

Barranco cobra informações da Sema sobre o fazendeiro e as fazendas do Pantanal desmatadas com veneno usado em guerra

Documento faz questionamentos relacionados a multas, o perdão delas e a atuação da Sema no caso



Pedro Velasco/ Assessoria

O deputado estadual Valdir Barranco (PT) apresentou um requerimento cobrando informações da secretária de Estado de Meio Ambiente (Sema), Mauren Lazzaretti, sobre as 11 fazendas do pecuarista Claudecy Lemes, que contaminou e desmatou 80 mil hectares do Pantanal com o agrotóxico químico ‘Agente Laranja’, já usado em guerra.

O documento nº 169/2024, apresentando na sessão de quarta-feira, 24, apresenta quatro perguntas que devem ser respondidas com documentos comprobatórios de todas as indagações.

“Nós queremos saber se há multas ambientais no nome do fazendeiro Claudecy Oliveira Lemes; se há multas, houve a quitação delas?; há perdão de multas ambientais relacionadas a esse fazendeiro? se sim, em que condições; e como a SEMA está trabalhando para trazer a conscientização de quem lesa o meio ambiente? Todos esses questionamentos precisam ser respondidos com toda a documentação comprovando as informações”, explicou o parlamentar.

Barranco lembrou que apresentou uma indicação ao Incra para que as referidas áreas destruídas pelo fazendeiro sejam desapropriadas e entregues para a reforma agrária, como garante a Constituição, e também levou a questão para o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

“Na terça-feira, eu me reuni em Brasília com o ministro Paulo Teixeira, onde conversamos sobre todo o caso e levei a ele a minha indicação para que a áreas das 11 fazendas sejam colocadas a serviço da reforma agrária, como muito bem estabelece a Constituição Federal, onde áreas de ilícitos ambientais devem ser destinadas a política de reforma agrária”, disse.

O deputado disse ainda que o caso fica cada vez mais chocante a cada dia que passa, pois surgem novas informações. “É um absurdo cada vez maior na medida que os dias vão passando e o caso vai tomando novos rumos. Já vimos o valor das multas ao fazendeiro, o perdão de multas destinadas a ele e as novas imagens do desmatamento que aparecem no desenrolar. Tudo fica cada vez mais horripilante”, finalizou. 

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