Mato Grosso entra nessa quinta-feira, 15 de junho, no vazio sanitário da soja. O período proibitivo da presença da oleaginosa em solo mato-grossense vai até 15 de setembro. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o vazio sanitário começa também em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
O vazio sanitário é uma das principais estratégias para o manejo da ferrugem asiática da soja. De acordo com informações do Consórcio Antiferrugem, nesta safra 2016/2017 em Mato Grosso foram confirmados 34 focos da doença por laboratórios credenciados ao projeto. Ao todo no Brasil foram confirmadas 415 ocorrências.
No Brasil, destaca a Embrapa, o vazio sanitário é praticado em 11 estados e no Distrito Federal. A medida também foi adotada pelo Paraguai.
O vazio sanitário é o período de 60 a 90 dias em que não se pode semear ou manter plantas vivas de soja no campo. A ferrugem asiática da soja foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001.
A pesquisadora Claudine Seixas, da Embrapa Soja, explica que o objetivo do vazio sanitário é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem-asiática durante a entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença na safra. Hoje, a ferrugem asiática é considerada a mais severa doença da cultura da soja.
A pesquisadora da Embrapa explica ainda que o fungo que causa a ferrugem-asiática é biotrófico, ou seja, precisa de hospedeiro vivo para se desenvolver e multiplicar.