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Atualidades Quarta-feira, 18 de Dezembro de 2019, 00:00 - A | A

18 de Dezembro de 2019, 00h:00 - A | A

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A verdade sobre o projeto de doação de terreno; empresa investirá R$ 3 milhões



Reportagem
Mato Grosso do Norte

Diante da polêmica que se formou com o projeto de doação de um terreno de 7.390 metros quadrados por parte da prefeitura, para a empresa Decomar Comércio de Móveis, o empresário Leonardo Marcondes Farias, em entrevista ao jornal Mato Grosso do Norte, explicou que houve uma interpretação equivocada por parte da sociedade sobre o projeto.
Conforme ele, foi uma mentira o que foi levado à público, que a doação seria o pagamento de uma dívida e que no local seria construída uma marcenaria tradicional. “Na verdade é um projeto muito importante, da implantação de uma indústria moderna, com investimento de cerca de R$ 3 milhões, com grande retorno para o município”, explica Marcondes.
O projeto deveria ser votado na manhã de segunda-feira, mas foi retirado da pauta da sessão. No entanto, caso não seja votado até no dia 31 de dezembro, a doação não poderá ser feita, pelo menos até 2021. [2020 é ano eleitoral e doação é vedada pela Legislação]. E a cidade corre o risco de ficar sem o investimento. 
“Por briga política, muitas empresas deixaram de se instalar em Alta Floresta, como a Sadia e o armazém do grupo Chinês que se instalou em Carlinda. E a população deve se conscientizar que não pode isto continuar acontecendo, de empresas irem embora do município e os gestores não fazerem nada. Quem perde com isto é a própria sociedade porque a cidade perde investimentos”, argumenta.
Regime de urgência- Com relação ao Regime de Urgência, o empresário justifica que há quatro anos, sua empresa vem trabalhando na construção do projeto de implantação desta indústria, tentando encontrar um terreno para abrigá-lo. Foi localizado esta área entre o Jardim Europa e o Renascer, próximo à rodovia. Na frente será construído o posto Savi, do lado oposto ao Jardim Europa, está a Madetrevo, e na frente da rodovia tem inúmeras metalúrgicas e indústrias, assim como no bairro Renascer, onde estão várias oficinas e empresas. 
“A localização do terreno é normal, a cerca de 300 metros da rodovia e não fica nem dentro do Jardim Europa e nem dentro do Renascer. Fica entre os dois bairros, ligado por uma rua de asfalto”, acentua. 
 Desta forma, ele disse que o projeto foi apresentado na prefeitura e houve uma demora na sua tramitação, até que ficasse pronto para ser enviado para a Câmara Municipal. “Por isso, é que o projeto foi enviado em Regime de Urgência”, esclarece. 
“Se fosse enviado em regime normal, seria votado somente no ano que vem. 2020 é um ano político e a partir do dia 1º janeiro não pode ser votado projetos de doações devido as eleições. E foi por isso que tomaram a decisão de mandar para a Câmara em regime de urgência”, explica Marcondes.  
O empresário nega qualquer tipo de relacionamento escuso com o prefeito. “Tanto a minha empresa como o cidadão Marcondes, respeitamos o prefeito por ele ser a autoridade maior da cidade. No entanto, não existe nenhum tipo de amizade, nenhum tipo de vínculo e nem intimidade com o prefeito. Nosso relacionamento com a prefeitura é de pagar os impostos em dia. Apenas isto. Se tivéssemos qualquer relacionamento com o prefeito, esse projeto já teria tramitado há meses atrás. Mas  o projeto só foi enviado agora para a Câmara diante das cobranças que a empresa vem fazendo”, enfatiza.

Na apresentação do projeto para os vereadores, Marcondes frisa que mesmo diante das polêmicas, o prefeito não estava presente, não se pronunciou diante dos vereadores para defender o projeto. “Fica nítido que não houve nenhum relacionamento. A vereadora líder do prefeito foi quem articulou para o projeto ser retirado e não ser votado a princípio, para ser analisado melhor”, pontua. 

Projeto -  O projeto a ser implantado pela Decomar, segundo Marcondes, é muito rico e de crucial importância social e econômico para o município. O investimento será de R$ 3 milhões em 5 mil metros quadrados de construção. O Galpão será construído com material isotérmico, que retém os ruídos e sons internos e não deixa transparecer som para fora do ambiente. O maquinário é de última geração, de alta produção mobiliária. O pó e os resíduos serão coletados e armazenados em um exaustor, depois levado para uma indústria para ser incinerados e usados na fabricação de tijolos. “É uma indústria ecológica”, assegura.  
O empresário explica que Alta Floresta hoje não conta com equipamento de Alta produção mobiliária. “Alta Floresta tem marcenarias tradicionais, com teia de aranha, pó de serra e dependente de mão de obra especializada com pouca produtividade.  Nosso projeto é de uma indústria de alta produção, que produzirá uma grande demanda de móveis. O investimento desta indústria atenderá em até 50 vezes o volume de minha empresa atual”, esclarece.
“Como Alta Floresta não tem esta demanda de vendas, iremos abrir 12 lojas. Nosso projeto é ter loja em Sinop, Sorriso, Lucas Mutum, Cuiabá entre outras cidades. Nosso projeto é vender para todas  as cidades do Mato Grosso, como faz a Martinello, Gazin, EletroKasa e as outras lojas que tem sede em sua cidade, mas vendem noMato Grosso inteiro. Nossa empresa funcionará assim: Nossa fábrica será em Alta Floresta e as outras lojas espalhada pelo Estado. E o dinheiro das vendas de outros municípios, vem para Alta Floresta, os impostos arrecadados ficam para Alta Floresta e quantidade de funcionários maior ficará também no município”.     
Indústria de Alta produção- Os maquinários modernos dispensam a mão de obra especializada e passa a ter uma mão de obra geral, deixando de depender de marceneiros, que são profissionais raros de conseguir. “Hoje, dependemos de marceneiros. Recebemos 120 currículos e entre estes, apenas 2 são marceneiros. Com estes maquinários, poderíamos contratar estas 120 pessoas porque não precisa ser mão de obra especializada. Nosso projeto é de 100 funcionários na indústria”, explica.
Evolução -  A instalação de uma indústria desse porte, de alta modernidade e alta produção, na opinião de Marcondes, irá incentivar as outras empresas a também se modernizarem. “Em Primavera do Leste, uma empresa fez um investimento deste porte e as outras empresa fizeram o mesmo. Tiveram que evoluir. E hoje, as empresas de ponta de Alta Floresta, perdem para as mais fracas de Primavera. Isto também irá acontecer em Alta Floresta”, frisa.
A arrecadação municipal, segundo ele, também será maior, porque as empresas produziram 20 vezes mais. “Se uma empresa paga R$ 100 mil de imposto por ano, passa a pagar R$ 2 milhões. E quem irá ganhar é a prefeitura e terá mais dinheiro para investir na cidade”, enfatiza. 

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