Ilson Machado
Mato Grosso do Norte
Os dados são alarmantes. O número de casos de dengue cresce todos os dias fazendo aumentar também a preocupação das autoridades da área da saúde pública.
Os dados atualizados do Ministério da Saúde até o dia 09 deste mês, indicavam que o Brasil tinha contabilizado 408.351 casos prováveis de dengue.
Mato Grosso, apesar de todo o esforço empregado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), que inclusive, elaborou um Plano de Contingência para o combate à dengue, zika e chikungunya, contendo ações estratégicas que devem ser adotadas por todos os municípios, focando o fortalecimento da prevenção da doença, o índice da dengue é altíssimo.
O estado registrou mais de 3 mil casos com 2 mortes confirmadas e outras quatro mortes suspeitas estão em investigação.
De acordo com informação, um dos óbitos decorrentes da doença foi do escrivão da Polícia Civil Antônio Roberto Rodrigues Constante, 52 anos, que morreu no mês passado em decorrência de dengue hemorrágica.
Alex Leandro, diretor de saúde pública de Alta Floresta, ressalta que em Alta Floresta, de 01 de janeiro a 18 de fevereiro de 2024, foram 64 casos de dengue notificados e desses 25 atestaram positivos.
Ele lembra que esse período chuvoso é propício para a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que utiliza todo o tipo de recipiente capaz de acumular água para depositar seus ovos.
foto/MT Norte
Alex, diretor de Saúde em Alta Floresta
Alguns são conhecidos: garrafas e embalagens descartáveis, latas, vasos de plantas, pneus e plásticos. Mas há lugares que, muitas vezes, o mosquito utiliza para se reproduzir e que são desconhecidos das pessoas aí é que se destaca a importância do trabalho dos agentes de combate às endemias.
Ele diz que em Alta Floresta, 30 servidores estão nas ruas visitando os domicílios, efetivando um trabalho orientativo e preventivo.
Em Alta Floresta, de 01 de janeiro a 18 de fevereiro de 2024, foram 64 casos de dengue notificados e desses 25 atestaram positivos
Embora o volume de chuva tenha sido menor neste período do ano em comparação com 2023, o número de casos no Estado apresentou um aumento de quase 10%.
No final de janeiro, dentre os casos prováveis identificados pelo Ministério no Estado, 55,7% correspondem a mulheres e 44,3% a homens. A faixa etária que mais registra casos é a dos 30 aos 39 anos, com 816 notificações.
Em resumo, o coeficiente de incidência de casos prováveis é de 114,2 para cada 100 mil habitantes.
Já em relação aos casos de Zika, são quatro prováveis e de Chikungunya são 797. Nenhuma dessas doenças provocou mortes em Mato Grosso neste ano.
O Governo do Estado deverá gastar aproximadamente R$ 6 milhões para prevenção e controle da dengue este ano, segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde do estado.
Alex Leandro faz um apelo à população para que faça a adesão do combate ao vetor transmissor da doença e finaliza com um chamado de atenção.
“Não adianta a pessoa denunciar o vizinho se ela não cuida do próprio quintal. É preciso que todo mundo tenha propósito de zelar pela saúde pública, cada um fazendo da forma correta a limpeza do quintal da residência. A prevenção no caso da dengue é o melhor remédio e saúde é o que interessa”, diz Alex Leandro.