José Vieira
Mato Grosso do Norte
A 1 ª etapa das obras de pavimentação asfáltica, drenagem, sinalização viária e passeio público no bairro Jardim Amazonas em Paranaíta, de acordo com o morador Etor Zastrow, do setor de Chácaras Jardim Amazonas, vem lhe causando, há meses, enormes transtornos.
A obra foi lançada em maio de 2024 e iniciada poucos dias depois, através de uma parceria da prefeitura municipal de Paranaíta e o governo estadual, com investimentos de R$ 5,2 milhões. O prazo de entrega seria de 360 dias e a empresa que venceu a licitação para executá-la foi a Lenz Construtora Ltda.
Etor afirma que sem que fosse consultado previamente, a empreiteira, em um determinado dia, chegou em sua chácara e lhe deu um prazo para tirar os animais do pasto. Pelo local iria passar uma galeria de águas pluviais.
Segundo ele, sua cerca foi arrancada e cavado a valeta dentro de sua propriedade, causando um enorme estrago.
O chacareiro disse que acreditava que logo a situação seria resolvida e que a obra ficaria pronta. Porém, afirma que a obra foi paralisada e abandonada pela empreiteira e o buraco ficou dentro de sua propriedade, sem que ninguém lhe desse uma satisfação.
Desde então, assegura que procurou a prefeitura e os vereadores em busca de uma solução, mas não consegue resolver o problema, que se arrasta há meses. Enquanto isto, Etor disse que vem sofrendo prejuízos, mas as autoridades municipais não apresentam solução e não lhe dão uma data para resolver a questão.
O morador disse que denunciou o caso na Sema [Secretaria Estadual de Meio Ambiente] temendo que seja penalizado com multas por danos ambientais em sua propriedade. E também procurou o Ministério Público, mas até agora não há previsão de quando sua chácara será restaurada.
foto/ Reprodução

O outro lado - O prefeito de Paranaíta, Osmar Moreira (União), afirmou à Mato Grosso do Norte, que por diversas vezes conversou com o proprietário da chácara e lhe garantiu que irá resolver o problema.
Osmar disse que a Prefeitura nunca negou sua responsabilidade diante do fato. Mas explica que houveram questões, como período de chuvas e problemas com a empreiteira que estava executando a obra, que impossibilitaram que este problema já pudesse ter sido resolvido.
O prefeito enfatiza que Etor cobra que o serviço seja feito de imediato. Mas ele observa que a prefeitura tem que seguir um trâmite de legalidade.
“Eu já garanti para ele que a prefeitura vai resolver o problema, mas que não tem como ser na forma que ele quer. Ele já denunciou na Sema e no Ministério Público. E isto dificulta ainda mais. Eu até pedi para ele não denunciar, por que se resolvermos a prefeitura e ele, podemos combinar e fazer da forma que for melhor para ele. Com a interferência destes órgãos, vamos ter que fazer o que eles determinarem”, observa.
Osmar acentua também que outra empresa está assumindo a obra e acredita que agora haverá celeridade na execução.
“Ele pode ficar tranquilo que eu vou resolver o problema. Para a prefeitura entregar esta obra, terá que fazer isto. E não há como não fazer. Eu entendo que é difícil, mas nem sempre podemos fazer as coisas da forma como gostaríamos. Mas isto será resolvido”, assegura Osmar.