Reportagem
Mato Grosso do Norte
Foi realizada na noite de segunda-feira, 12, nas dependências do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alta Floresta – SISPUMAF - uma palestra direcionada à portadores de Fibromialgia, doença que evolui para uma condição crônica, caracterizada por dores musculares generalizadas, fadiga e outros sintomas como distúrbios do sono e alterações de humor.
A causa exata da Fibromialgia ainda é desconhecida, mas acredita-se que possa estar relacionada a alterações no sistema nervoso central que aumentam a sensibilidade à dor. 12 de maio é reconhecido mundialmente como o Dia de Conscientização da Fibromialgia.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a Fibromialgia é uma condição relativamente comum, afetando cerca de 2,5% da população mundial, independentemente de nacionalidade ou condição socioeconômica.
Em Mato Grosso, estima-se que mais de 80 mil pessoas convivem com a doença. Somente em Alta Floresta, são mais de 120 casos já registrados no mapeamento inicial realizado pelas unidades de saúde.
Entre os sintomas típicos da fibromialgia estão: sono não reparador, cansaço constante, exaustão extrema e distúrbios de humor, como ansiedade e depressão.
O palestrante Dr. Marcelo Seiki Enokawa, médico reumatologista formado pela Faculdade Evangélica do Paraná, destaca a importância de encontros e palestras sobre a doença.
“Interessante essa iniciativa de levantar a questão da dor crônica da fibromialgia e de colocar sua importância e a visibilidade na Atenção Primária quanto por especialistas. É fundamental porque hoje dor crônica tem sido um dos maiores problemas do componente laboral. A maior causa de afastamentos é a dor nas costas. Colocar os pacientes a parte disso numa cidade que tem possibilidade de atendimento de especialistas, acho importante”, disse.
A médica psiquiatra, Drª Ana Lígia Godoy Baldin Fortkamp, em entrevista ao Jornal Mato Grosso do Norte, enfatizou que o evento com o tema da fibromialgia, com participação interativa da plateia, com perguntas bem interessantes, teve grande aproveitamento,
“O pessoal perguntou bastante, principalmente sobre a saúde mental, isso é muito bom porque quebra um pouco o estigma do assunto de que a procura por psiquiatra se dá somente quando o paciente é levado um quadro mais de loucura, fora da consciência e nesse aspecto da dor crônica, psiquiatra tem um papel muito importante em ajudar equilibrar essa relação do corpo e da mente”.
“Hoje, o nosso maior desafio é o preconceito. As pessoas nos veem e não fazem ideia da dor que estamos sentindo e, quando sabem, muitos dizem que é frescura”, o relato é da senhora Alceir Manochio, dona de casa, que descobriu a doença em 2009, ano em que passou a residir em Alta Floresta. (Informações/ Assessoria)
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Abrahao lincon 14/05/2025
Peno que um evento desta natureza é tão pouco divulgado, sabedores do mau que acomete um números grande de portadores e não é divulgado,quando a população fica sabendo já e o verbo no passado, lamentavel
1 comentários