Reportagem/ Mato Grosso do Norte
O padre Nelson Koch, de 54 anos, de Sinop, que está preso desde 16 de março na penitenciária de ferrugem, foi sentenciado a 48 anos de reclusão, pelos crimes de estupro, estupro de vulnerável e importunação sexual contra 3 adolescentes que frequentavam a paróquia em que ele atuava como sacerdote.
O processo corre em segredo de Justiça e a sentença foi proferida no dia 23 de setembro. Procedimento para apurar denúncias no âmbito administrativo foi concluído pela Comissão Especial de Apuração de Possíveis Crimes Sexuais Cometidos na Diocese e encaminhado para o Vaticano. A informação é do presidente da Comissão, advogado Cláudio Alves Pereira O padre foi denunciado pela mãe de um adolescente de 15 anos, a superiores da igreja, afirmando que o filho sofria abusos sexuais. Ela também levou o caso para a esfera policial, o que resultou nas investigações e prisão do padre Nelson Koch.
Ele chegou a ser liberado logo após a prisão, mas voltou a ser preso em 16 de março com o fim do inquérito que investigava o caso. A investigação revelou que uma das vítimas começou a ser abusada com 7 anos. Quando surgiram as denúncias, estava com 15. A investigação apontou que os adolescentes recebiam ameaças veladas do padre que em um dos casos falou que se fosse denunciado causaria mal aos primos da vítima que frequentavam a paróquia, avisando que era pessoa influente.
Polícia Civil também obteve vídeos, apresentados pelas vítimas, que apontam as situações de abuso, inclusive que mostram um dos garotos sendo levado pelo padre até um banheiro. O padre afirmou, após a prisão, às autoridades policiais, que todos os relacionamentos que manteve com os jovens foram com consentimento deles. E lamentou ter exposto a igreja.
