José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte
O diretor da União das Faculdades de Alta Floresta (Uniflor), professor Dr. José Antônio Tobias, recebeu na manhã de sexta-feira, 22, a visita do senador Jayme Campos (DEM) que cumpriu agenda na cidade. Ao lado de sua esposa, professora Dra. Rosmar Tobias e de professores da instituição, ele solicitou apoio político do senador para ajudar a liberar junto ao MEC - Ministério da Educação- cursos de Ensino à Distância - EAD - que está em fase de implantação pela faculdade.
O professor fez um relato das dificuldades que vem enfrentando com a concorrência das faculdades que atuam no município através de cursos á distância pelas plataformas digitais.
Conforme ele, de 1.800 alunos que sua faculdade tinha, resta apenas 700, porque a preferência pelos cursos à distância é maior, pelos preços baixos das mensalidades e pelo fato do aluno não precisar frequentar a faculdade para cursá-los.
Dos cursos presenciais, conforme ele, restaram apenas o de Direito e Enfermagem.
“A faculdade à distância veio para dominar o mundo e aqui não é diferente. As faculdades públicas e privadas com cursos presenciais estão falidas. As faculdades à distância são predadoras, estão aqui através de polos, faturam milhões por mês, mas deste dinheiro, não fica um centavo nem na cidade e tampouco em Mato Grosso. Mataram todas as faculdades. Sempre fui contra os cursos à distância, mas notei que, ou entrarmos nos cursos à distância ou fechamos”, observou.
Portanto, segundo o professor, a Faculdade de Alta Floresta terá que aderir esta tendência, até mesmo como meio de sobrevivência no mercado de Educação Superior. Desta forma, a Faculdade está se preparando para aderir ao Ensino à distância em 41 polos distribuídos em 22 municípios e com três cursos: Pedagogia, Administração e Contabilidade.
O projeto da Uniflor contempla também os índios Terenas e Mundurukum, onde residem 15 mil índios, sendo que centenas concluíram o ensino médio e não conseguem fazer uma faculdade.
Tobias explicou para Jayme Campos que está trabalhando para implantar os cursos à distância, mas enfrenta dificuldade para conseguir a liberação no INEP dos processos de liberação dos cursos que foram protocolados no MEC. “Contamos com seu apoio, senador, para nos ajudar a liberar estes ursos, que dependem ainda de credenciamento”, reivindicou Tobias.
Jayme Campos se colocou a disposição para trabalhar em Brasília, junto ao ministério da Educação, para que a Uniflor possa concluir o processo de implantação dos cursos de Ensino à Distância.
“É um assunto importante não só para Alta Floresta como também para o Mato Grosso. E se for o caso, eu junto a bancada federal para fazer esta cobrança no Mistério da Educação. Se houver necessidade, posso pedir ajuda para os presidentes do Senado e Câmara dos deputados, que são meus amigos, e falaremos com o ministro da Educação. Acredito que consigo resolver sozinho, mas se precisar, uso estas pessoas com as quais tenho bom relacionamento. Nada do que o senhor está pedindo é exagerado e possível de realizar. O senhor conta comigo!”, Assegurou Jayme Campos.
Faculdade de Medicina - Questionado pelo senador sobre o curso de Medicina, Tobias afirmou que a faculdade tem toda a estrutura necessária para a implantação do curso.
No entanto, o óbice é o fato de Alta Floresta [Apesar de ter mais de 65 mil habitantes] na estimativa do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- o número de moradores é apenas 51 mil. E para pedir o curso de Medicina, a cidade onde a faculdade é sediada tem que ter 65 mil moradores.
O senador também se prontificou a ajudar a viabilizar o projeto de trazer o curso de Medicina para Alta Floresta.
Jayme afirmou que irá verificar se a exigência de 65 mil moradores para o curso é lei ou uma Portaria. No caso de Portaria, ficaria mais fácil de flexibilizar este dispositivo.
“Temos tudo para o curso, mas estamos impedidos por esta exigência. Há 4 anos estamos trabalhando e já fizemos tudo o que foi possível, mas o MEC não aceita”, disse Tobias.
Jayme disse que o curso de Medicina é importante para a região de Alta Floresta e prometeu que levará a questão para ser debatida no Senado.