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Caderno B Segunda-feira, 14 de Agosto de 2017, 00:00 - A | A

14 de Agosto de 2017, 00h:00 - A | A

Caderno B /

CINCO PERGUNTAS:No ar em



CAROLINE BORGES
TV PRESS

Ângelo Paes Leme gosta mesmo é de ter trabalho. Por isso mesmo, quanto mais intenso e complexo um personagem for, melhor. No ar como o maquiavélico Nebuzaradã de “O Rico e Lázaro”, o ator tem a chance de se distanciar do emblemático protagonista José, que interpretou na minissérie “José do Egito”, em 2013. Com o novo papel, Ângelo faz o que mais gosta em um novo projeto: estudar profundamente. “Quando recebo um convite, avalio sempre a importância do personagem na trama, qual objetivo dele, a complexidade do personagem e como ele vai costurar a história. Não adianta ter volume de cenas e ser um papel sem profundidade e conflitos”, aponta. Na trama escrita por Paula Richard, Nebuzaradã é um vilão manipulador, amoral, inteligente e estrategista. Ambicioso e almejando o poder absoluto, ele admira profundamente o rei Nabucodonosor, vivido por Heitor Martinez. Apesar de não se apegar a mulher nenhuma, fica envolvido pela ambiciosa Sammu-Ramat, de Christine Fernandes. “Percebo que as pessoas comparam muito o Nebuzaradã com o José. É divertido receber os comentários e ver a impressão do público”, afirma.
Aos 43 anos, sendo 24 deles dedicados à televisão, Ângelo viu que era a hora de tornar uma antiga paixão pela música em algo mais profissional. Juntamente com os trabalhos de “O Rico e Lázaro”, ele lança seu primeiro CD, que mescla canções próprias com interpretação de grandes compositores. Apesar de estar se mostrar somente agora para o grande público, o ator mantém uma ligação com a música desde a infância, quando participava de rodas de samba que aconteciam em sua própria casa. Após mostrar algumas de suas composições para o cantor Rodrigo Maranhão e conversar com compositora Antonia Adnet, ele resolveu investir mais em sua verve musical. “Cheguei à conclusão que estava na hora de tirar a música de casa. Pensei: Por que não? O bom é saber que não preciso ser uma coisa só”, valoriza. 
P – O que o motivou a aceitar o convite para “O Rico e Lázaro”?
R – Fiquei atraído por fazer algo muito diferente do que eu tinha feito na minha carreira. Outra coisa que sempre me atrai nesse tipo de novela é a pesquisa histórica. Acho fascinante conhecer hábitos e costumes de povos de outras épocas tão distantes de nós. Mas, ao mesmo tempo, perceber que os princípios que movem as vontades do homem são os mesmos de séculos atrás.
P – “O Rico e Lázaro” não é seu primeiro trabalho bíblico na Record. O fato de ter participado de outras tramas épicas ajuda na composição e compreensão da temática da novela?
R – Cada trabalho é um novo momento. Sendo bíblico, de época, atual ou até mesmo futurista, sempre temos que encarar como uma nova aventura. Sempre há detalhes novos para aprender e compreender.
P – A produção do seu primeiro CD coincidiu juntamente com as gravações da série “Sem Volta” e de “O Rico e Lázaro”. Como conciliar a rotina entre a televisão e a música?
R – Deu para conciliar tudo perfeitamente. Aproveitei o intervalo das gravações de “Sem Volta” e as de “O Rico e Lazaro” para gravar o disco e, durante essa novela, aproveitava os domingos para ensaiar com a banda e gravar os clipes e vídeos. O pouco tempo livre que tenho passo tocando violão ou cantando. Quem faz o trabalho duro mesmo é a Anna Sophia, minha mulher. Ela é muito criativa e organizada. Agora, que terei férias da tevê, quero me concentrar nos ensaios para a turnê que começa em outubro.
P – Você está na Record há pouco mais de 10 anos. Como avalia esse tempo na emissora?
R – Nossa, passa rápido demais (risos). Nesses 10 anos, tive excelentes personagens, que me enriqueceram muito profissionalmente. Cada um contribuiu para formar o artista que sou hoje. Espero encontrar ainda muitos bons personagens pela frente para que eu sempre seja movido por novos projetos.
P – Atualmente, você também pode ser visto na reprise de “Por Amor”, no Canal Viva. Você gosta de se rever em antigos trabalhos? 
R – Acho o maior barato. Às vezes, parece que foi outra vida. É muito legal assistir, se ver jovem e recordar como foi participar daquilo, a maneira como eu pensava, como eu via o mundo. E o melhor é olhar para trás e ver que caminho lindo eu segui. Sou muito realizado com minha carreira e minhas escolhas.

“O Rico e Lázaro” – Record – Segunda a sexta, às 20h30.

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