Sábado, 19 de Julho de 2025

Carros Sexta-feira, 18 de Julho de 2025, 15:40 - A | A

18 de Julho de 2025, 15h:40 - A | A

Carros / GERAÇÃO DO A5

Briga seletiva

Novo Audi A5 tem potência e tecnologia para encarar os rivais alemães e ocupar o lugar do finado A4



por Eduardo Rocha
Auto Press

No primeiro semestre de 2025, os SUVs representaram nada menos que 77,8% dos emplacamentos da Audi no Brasil, enquanto sedãs ficaram com apenas 17,3% do total. Embora os números não sejam os mesmos, a tendência de crescimento das vendas de SUVs e a redução das de outros segmentos, além de uma certa confusão com os nomes dos modelos, fez com que o clássico A4 simplesmente perdesse o lugar na linha da marca alemã. A solução foi passar o bastão para o modelo imediatamente superior, A5, que acaba de chegar em uma nova geração no Brasil. O cupê de quatro porta chega em versão única, 2.0 TFSI Performance S Edition Quattro, por R$ 379.990, sem opcionais disponíveis.                

Esse valor coloca o A5 em confronto direto com o Mercedes-Benz C 200 AMG Line, que custa R$ 384.900, e com o BMW 320 GP 2.0, que sai por R$ 346.950. Só que o cupê de quatro portas da Audi leva ampla vantagem nos recursos mecânicos. A começar pela motorização. A versão direcionada ao Brasil tem nada menos que 272 cv de potência e 40,8 kgfm de torque, contra 184 cv e 30,6 kgfm do 320 e 204 cv e também 30,6 kgfm do C 200. A Audi até tem uma versão do A5 de 204 cv, mas preferiu entrar em vantagem nessa briga. E esta superioridade fica bem evidenciada nos números da aceleração de zero a 100 km/h, feita pelo A5 em 5,9 segundos, contra 7,3 s do BMW e 7,4 s do Mercedes.                

Além disso, O A5 traz um câmbio de sete marchas de dupla embreagem banhada a óleo contra transmissões automáticas tradicionais nos rivais – com oito marchas no BMW e 9 marchas no Mercedes. O Audi ainda é superior na tração, com o sistema Quattro, enquanto os rivais trazem tração traseira. Como se trata de uma nova geração, o A5 trouxe também uma alteração estrutural. Ele estreia a arquitetura PPC, ou Plataforma Premium a Combustão, uma versão evoluída da plataforma MLA, usada na geração anterior do modelo e que vai se espalhar pela gama da marca alemã que usa motor longitudinal.                

Outra evolução bem evidente foi no design. Em relação à geração anterior, as linhas ficaram mais sinuosas e orgânicas, com vincos e nervuras suavizados e um certo tônus nas laterais. O capô ganhou uma curvatura acentuada, os faróis ficaram mais finos e a grade mais baixa, o que valorizou a largura do modelo e deu um aspecto mais esportivo. Entradas de ar triangulares para os freios e uma outra tomada de ar na parte inferior do para-choque deixa o visual ainda mais agressivo.                

Sempre com linhas fluidas, de perfil sobressai a frente alongada, as enormes rodas de 20 polegadas e o habitáculo em arco, com um terceiro volume bem curto, que reforça a ideia de cupê. Na traseira, as lanternas horizontais em forma de gota se conectam por uma barra de led. As saídas de escape retangulares e o extrator em preto se destacam abaixo da linha do para-choque.                

Na cabine, a Versão Brasil do novo A5 deixou de fora a terceira tela, dedicada ao passageiro da frente, que tem um monitor de matriz ativa, ou direcional, para que o motorista não veja as imagens. Sobrou então um display panorâmico fino e curvo, composto pelo Audi Virtual Cockpit de 11,9 polegadas e na tela de toque central de 14,5 polegadas. O habitáculo ainda conta com ar-condicionado automático de três zonas, Audi Drive Select, luz ambiente ajustável; sistema start-stop; tampa do porta-malas com abertura e fechamento elétrico; e teto panorâmico de vidro com transparência selecionável.   Formas e nomes                

A Audi resolveu simplificar as coisas. A marca alemã adotou a ideia de usar os números dos modelos para definir o tipo de motorização – pares para elétricos, ímpares para a combustão. Não deu certo. Agora, o nome define o tipo de plataforma – A para sedãs, hatches e peruas, R e S para esportivos e Q para SUVs –, enquanto o número estabelece em ordem crescente o segmento de atuação.                

Coincidentemente ou não, nesse período de confusão, as vendas da marca caíram no mundo todo em quase 12% de 2023 para 2024. No Brasil, a queda foi menor, de 10,3%, mas o primeiro semestre de 2025 fechou com número 21% menores que em 2024, com apenas 2.187 unidades emplacadas – muito pouco para as 42 concessionárias da marca espalhadas pelo país.

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