O sobe e desce do mercado

Volkswagen ganha fôlego com o Tera e Fiat Strada ainda mantém a liderança geral

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por Eduardo Rocha

Auto Press

A Volkswagen se instalou nos dois primeiros lugares do ranking de automóveis no primeiro semestre de 2025, ocupados pelo hatch Polo, com 57.216 unidades, e pelo SUV compacto T-Cross, com 44.529 exemplares, um pouco à frente do Fiat Argo, que teve 44.466 emplacamentos. No mercado geral, a liderança se manteve com a picape compacta Fiat Strada, com 62.697 unidades. No geral, o mercado chegou a 1.131.269 vendas, ou 5,05% a mais que no primeiro semestre de 2024. Em junho, os emplacamentos praticamente repetiram o desempenho de julho de 2024 (202.164 contra 202.444 exemplares, ou 0,14% a menos), mas perderam 5,69% se comparados a maio desse ano.

Entre as marcas, a Fiat manteve a frente folgada no acumulado do mercado em geral, mas a Volkswagen se aproximou bastante no mês de junho. A diferença caiu de 4,15% para 2,36% (a participação era de 21,50% contra 17,35% e foi para 20,69% contra 18,33%. Entre os fatores que influenciaram esses números estão o bom desempenho de Polo e T-Cross, a chegada do Volkswagen Tera (que vendeu 2.555 unidades no primeiro mês) e ainda a transferência da produção da picape Fiat Titano do Uruguai para a Argentina, que derrubou as vendas do modelo para 170 unidades (o normal era acima de 800 unidades).

Na classificação dos segmentos feito pela Fenabrave, federação que reúne as distribuidores de veículos, o Fiat Mobi liderou entre os modelos de entrada, o Polo entre os hatches pequenos, um surpreendente Honda Civic Type R entre os hatches médios, Hyundai HB20 entre os sedãs pequenos, Chevrolet Onix Plus entre os sedãs compactos, o Toyota Corolla entre os sedãs médios, o BMW 320i entre os sedãs grandes, o Porsche 911 entre os esportivos e o T-Cross entre os SUVs (nesse segmento, não há discriminação de tamanho). Nas picapes, a Strada lidera entre as pequenas e a Fiat Toro entre as grandes.

Um fenômeno que chamou a atenção no primeiro semestre de 2025 é a progressiva migração das vendas para a região Sudeste, com esvaziamento das vendas em todas as demais – Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte. As maiores altas se concentraram no Rio de Janeiro e Minas Gerais, enquanto São Paulo se manteve estável e o Espírito Santo perdeu um pouco. O Sudeste representava em janeiro 49,44% das vendas e chegou em junho com uma participação de 57,88%. Já o Sul começou o ano com 17,58% e chegou em junho com 16,23%. No Nordeste, a participação foi de 17,43% para 12,97%, no Centro-Oeste foi de 10,81% para 8,63% e finalmente no Norte caiu de 4,74% para 4,27%.