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Carros Quarta-feira, 29 de Novembro de 2023, 17:12 - A | A

29 de Novembro de 2023, 17h:12 - A | A

Carros / XRE 300

Pronta para a briga

Nova Honda XRE 300 adota o sobrenome Sahara e ganha em tecnologia, preço e visual para crescer no mercado



por Eduardo Rocha
Auto Press

A Honda aproveitou a entrada em vigor do padrão de emissões M5 do Promot para renovar logo sua trail média XRE 300. E o motivo é simples: precisava reposicionar o modelo, em função da feroz concorrência, principalmente da arquirrival Yamaha XTZ 250 Lander. A nova XRE 300 ganhou o tradicional sobrenome de Sahara e chega ao mercado em dezembro em três versões. Os preços são bem mais atraentes que os da antecessora – que no mercado eram vendidas por volta de R$ 30 mil. A versão Standard, sempre em cinza metálico, sai por R$ 27.090; a Rally, em vermelho, por R$ 27.690; e a Adventure, em bege metálico, por R$ 28.650 – a diferença de preço entre as versões se restringe a acessórios.                

Além do nome e do tamanho aproximado, quase nada da antiga XRE 300 foi mantido. A Sahara traz um novo chassi de berço semiduplo em aço carbono, baseado no usado na CRF 250F. Já o motor é completamente diferente e se origina da mesma família do usado na CB 300F Twister. Trata-se de um motor com menor diâmetro e maior curso do pistão, para conseguir um ganho de potência que pudesse compensar a restrição nas emissões. Com isso, ele passou de 291,66 cm³ para 293,53 cm³, com uma taxa de compressão aumentada de 9,0:1 para 9,3:1 e comando único no cabeçote, no lugar do duplo usado anteriormente.               

  Apesar de todo o trabalho de contenção de perdas, ele rende um pouco menos que o antigo propulsor. São 24,8/25,2 cv 5.750 rpm e 2,70/2,74 kgfm a 7.500 giros, com gasolina e etanol – em média, 0,5 cv e 0,05 kgfm a menos. A diferença agora é que o torque ficou maior na faixa entre 3 mil e 6 mil giros. Um outro ganho é a saída de cena do antigo câmbio de cinco marchas para a adoção de um novo, com seis velocidades e embreagem assistida e deslizante – que segundo a Honda reduziu não só o consumo como os ruídos.               

  Nesse processo de modernização, a Sahara passa a contar com um novo painel digital LCD Blackout com velocímetro digital, conta-giros analógico, relógio, indicador de marcha, do nível de combustível e da tensão da bateria e computador de bordo, além das luzes-espia tradicionais. A Sahara ainda traz porta USB-C ao lado painel, sistema ESS – Emergency Stop Signal, que aciona automaticamente os piscas em frenagens bruscas – iluminação full-led e pisca-alerta.            

As linhas da Sahara seguem o estilo dos modelos maiores da marca, com a eliminação do antigo – e inútil – bico de pato sob o farol. Com a frente mais verticalizada, o modelo ganha um aspecto mais robusto e valoriza a presença da roda dianteira de 21 polegadas. Aqui se destaca os acessórios da versão Adventure, como o para-brisa de maior dimensão, a proteção perimetral tubular de aço na parte frontal e o protetor de cárter.              

   O conjunto formado pelo reservatório de combustível, banco e laterais emprestam mais porte pelo grande volume na parte superior do modelo. O tanque comporta 13,8 litros. Na traseira, todas as versões trazem um bagageiro. O conjunto suspensivo de longo curso também ajuda na intenção de criar um visual mais imponente para a Sahara. Na frente, os telescópicos com 41 mm de diâmetro têm curso de 245 mm. Na traseira, o amortecedor único tem sete níveis de carga da mola e o sistema pro-link se articula em um curso de até 225 mm.

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