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Economia Segunda-feira, 02 de Dezembro de 2024, 08:25 - A | A

02 de Dezembro de 2024, 08h:25 - A | A

Economia / Carne brasileira

Episódio envolvendo CEO do Carrefour serviu para o Brasil marcar sua posição no mercado

O mercado internacional que exige essas boas práticas e o Brasil está aberto para dialogar e pactuar estas boas práticas. Mas desde que não falem mal de nossos produtos



José Vieira
Mato Grosso do Norte

O episódio envolvendo o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, que provocou uma grande confusão, ao questionar a qualidade e respeito às normas de rastreabilidade, afirmando que a companhia deixaria de vender a carne brasileira na França, para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, serviu para o Brasil fazer um risco no chão.

Em entrevista à tevê Centro América, na sexta-feira, 29, ele, defendeu a qualidade da pecuária brasileira e o compromisso dos produtores com a sustentabilidade de seus produtos.

 

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Para ele, o que aconteceu com a fala do CEO do Carrefour, foi uma fala intempestiva e não verdadeira. “O CEO desta companhia, ao falar para a política local, desdenhou da qualidade dos países do Mercosul e em especial aqui do Brasil. Mas o empresariado brasileiro teve uma reação de altivez e suspendeu a venda para a França. Se nosso produto não serve para por na gôndola do supermercado francês, não serve para colocar aqui no Brasil também”, enfatizou Fávaro. 

Segundo ele, outras cadeias produtivas aderiram o boicote, a exemplo da Federação Paulista de Hotéis, Bares e Restaurantes, que tem 400 mil filiados, e que também pararam de comorar no Carrefour neste período. “E isto abalou as estruturas desta companhia e ela se retratou. Então, foi um momento importante para o Brasil de marcar sua posição”, disse.

“O Brasil que tem compromisso com a rastreabilidade, com as boas práticas na produção dos produtos da agropecuária, nos aspectos sociais, ambientais e trabalhistas, que são importantes para o mercado internacional, que exige essas boas práticas, está aberto para dialogar e pactuar estas boas práticas. Mas desde que não falem mal de nossos produtos”, reitera Fávaro.

De acordo com ele, há 15 anos, a União Europeia representava 15% das vendas das carnes brasileira. Hoje, está entre 2.5% a 5%. A França 0,5%. “O Carrefour está dentro da França. Então, se eles querem comprar, bem! Se não querem, não tem problema. É lógico que queremos vender, mas não falem mal de produtos brasileiros”, assevera o Ministro.

Conforme Carlos Fávaro, a partir deste fato, pouca gente no mundo vai ter coragem de falar mal dos produtos brasileiros, porque sabe da altives do povo e do empresariado do Brasil.

CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, fez um pedido de desculpa formal ao Brasil, se retratando de sua fala.

Mercosul - Fávaro observa que a França resiste em formalizar o acordo do Mercosul com a União Europeia. Porém, o acordo, conforme ele, gera oportunidades para os dois lados envolvidos

“A França está no seu direito de resistir a este acordo, mas há um processo muito avançado. E talvez na cúpula do Mercosul no dia 6 de dezembro em Montevidéu, no Uruguai, teremos este acordo formalizado pelos dois blocos. E será o primeiro grande acordo bilateral de livre comércio de dois grandes blocos de países no mundo, entre o Mercosul e a União Europeia”, aponta o ministro.

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