José Vieira/ Mato Grosso do Norte
As tarifas impostas pelo Governo dos Estados Unidos ao Brasil, motivou um cenário de incertezas econômicas em todo o Brasil. Em Mato Grosso, o setor de produção de madeira, que tem o mercado americano como principal comprador, é o mais afetado pelas medidas.
No entanto, na avaliação do presidente da CDL –Câmara de Dirigente Lojistas – em Alta Floresta, Alex Fabiano Cavalheiro, em Mato Grosso e, sobretudo na região de Alta Floresta, o impacto econômico será quase que imperceptível.
“No geral não é bom para o país e também para Mato Grosso, apesar de nosso Estado ser um dos menos prejudicado pelo tarifaço. Mas os Estados Unidos é o segundo parceiro comercial do Brasil. E não somos significativos para eles, como eles são para nós na balança comercial, porque exportamos mais para lá. Por isso, precisamos de muito diálogo, diplomacia e negociação por parte do governo brasileiro, junto ao governo americano”, aponta o presidente da CDL.
Tentar fazer desta questão um palanque político, com críticas recíprocas, sem negociação, para ele, será improdutivo e não solucionará o problema para as indústrias exportadoras.
“Esse palanque político não levará a lugar nenhum. São dois países parceiros históricos. Os Estados Unidos sempre esteve ao lado do Brasil e o que precisa é de diálogo para resolver esta situação. Esperamos que isto aconteça rápido. Este tema tem que ser priorizado porque prejudica mais o Brasil do que eles”, disse.
Porém, conforme Alex, o reflexo no comércio de Alta Floresta e demais cidades circunvizinhas, será muito pequeno. “Pode ter algum reflexo sim, mas não será significativo. Alta Floresta e nossa região [de Itaúba para cá ] tem um mercado voltado para a China. E dois frigoríficos que são voltados mais para o mercado brasileiro”, avalia.
Entretanto, observa que a arroba da carne bovina voltou a subir, o que significa que a procura está maior que a demanda. “A longo prazo este fator poderá interferir nos preços, mas momentaneamente, na nossa região, não vai ter uma relevância grande. A não ser que hajam outras sanções indiretas no consumo de fertilizantes e óleo diesel que vem da Rússia. Se isto ocorrer, poderá complicar a nossa região. Mas fora isto, da forma como está, não haverá problema”, analisa Alex.