Domingo, 14 de Setembro de 2025

Economia Segunda-feira, 08 de Setembro de 2025, 09:08 - A | A

08 de Setembro de 2025, 09h:08 - A | A

Economia / Comunidade Guadalupe

Rota onde a Amazônia vira experiência

Três empreendimentos comunitários se complementam e mostram como a biodiversidade transforma a floresta em renda, turismo e identidade cultural



Assessoria/ Sebrae/MT

Na Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe, em Alta Floresta, a Amazônia se revela em um percurso que vai muito além da contemplação da floresta. No Dia da Amazônia, 5 de setembro, a Rota Agroecológica de Guadalupe se torna símbolo de futuro: uma prova de que desenvolvimento e preservação podem caminhar juntos, quando a floresta é reconhecida como fonte de vida, trabalho e inovação.
Nessa rota, três famílias unem saberes e práticas sustentáveis para criar uma experiência que mistura turismo, gastronomia e biodiversidade.
“Quando a gente fala de Amazônia, não falamos só de biodiversidade. Estamos falando de gente, de histórias que unem tradição, inovação e geração de renda. Esse é o coração da economia da biodiversidade, que mostra ser possível viver bem com a floresta em pé”, ressalta André Schelini, diretor (Sebrae/MT).

No Sítio Aroma da Floresta, o visitante conhece de perto óleos, manteigas e resinas amazônicas e aprende a transformar esses insumos em biocosméticos artesanais. A experiência começa no cuidado com o corpo e também com a floresta. Isso porque cada produto é resultado do uso sustentável da biodiversidade e do trabalho de comunidades extrativistas.

Arquivos da Aline Nava Comunidade Guadalupe

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De lá, a rota leva à Chácara Pedra do Índio, onde o café agroecológico é cultivado sem agrotóxicos e em harmonia com a natureza.

O visitante acompanha o manejo, participa da colheita (no período de abril a julho) e termina a vivência saboreando o café moído na hora, servido em meio ao buritizal. Aqui, a floresta se apresenta como fonte de energia e tradição, preservando práticas ancestrais e mostrando que a agroecologia pode sustentar famílias e territórios.
Por fim, no Sítio Flores, a Amazônia chega ao prato em forma de criatividade gastronômica. Os visitantes degustam receitas feitas com plantas alimentícias não convencionais (PANCs) — como o coração de bananeira, ingrediente queridinho da produtora rural Aline Nava.

“A motivação é apresentar alimentos diferentes, produzidos em sistemas regenerativos, que mostram uma alimentação mais criativa e conectada com a floresta”, explica.
Juntas, as três vivências formam um mosaico complementar: do insumo natural ao cosmético, da lavoura ao café, do quintal agroflorestal à mesa.

É uma narrativa que conecta corpo, memória e paladar, mostrando que a floresta pode ser vivida, preservada e transformada em oportunidades.

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