Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025

Entrevistas Sexta-feira, 14 de Novembro de 2025, 15:02 - A | A

14 de Novembro de 2025, 15h:02 - A | A

Entrevistas / CINCO PERGUNTAS

Revelações

Simone Spoladore se volta à Globo para o terror e o mistério de “Reencarne”



POR CAROLINE BORGES/TV PRESS

A trama de “Reencarne” se mostrou um caminho de surpresas e descobertas para Simone Spoladore. A atriz, que vive a sensível Cássia, mergulhou no mundo do terror e do suspense para construir a personagem da nova série original Globoplay. Em meio aos filmes clássicos, como “Carrie, A Estranha” e as obras de Hitchcock, ela ganhou conhecimentos e curiosidades quase inéditas ao longo do processo. “Pensava muito na Carrie, esses poderes metafísicos, energias que não se explicam. E vi vários filmes do Hitchcock. Fiquei fascinada ao descobrir que ele escrevia movido pelo medo que as pessoas têm da mudança, da morte, da própria vida”, explica.
Na trama, o médico cirurgião Feliciano, papel de Enrique Diaz, desafia todos os limites para salvar sua esposa doente, Cássia. Enquanto ele se envolve em planos cada vez mais macabros, uma série de assassinatos volta a assombrar o interior de Goiás. “Em ‘Reencarne’, o Feliciano tenta trazer de volta a esposa porque não suporta o fim. É o medo da finitude da mulher, da alma, do amor”, aponta.
P – Você disse que emprestou seu corpo à personagem Cássia. O que isso significa para você como atriz?
R – Significa que eu deixei de lado qualquer tentativa de controle. A Cássia é uma personagem que está paralisada, mas ao mesmo tempo em movimento interno, espiritual. Então, meu corpo serviu como canal para algo que não é visível, que não se expressa com palavras ou gestos. Foi uma entrega silenciosa, quase meditativa.
P – A personagem tem uma aura de mistério e transcendência. Quais foram suas principais referências para construí-la?
R – Eu pensei muito em “Carrie, a Estranha”. Não pelos poderes sobrenaturais, mas pela força invisível que a personagem exerce. A Cássia não tem poderes, mas tem um impacto profundo sobre o Feliciano. Também vi vários filmes do Hitchcock. Fiquei fascinada ao descobrir que ele escrevia movido pelo medo que as pessoas têm da mudança. Isso me guiou bastante.
P – Você mencionou que assistia a muitos filmes de terror na juventude. Esse imaginário ainda influencia seu trabalho hoje?
R – Com certeza. Mesmo que eu não assista a tantos hoje em dia, o terror moldou minha sensibilidade. Ele me ensinou a lidar com o desconhecido, com o que não se explica. E “Reencarne” tem muito disso, né? Essas energias metafísicas, forças que não têm nome.
P – Como você enxerga a relação entre Cássia e Feliciano?
R – É uma relação de amor absoluto, mas também de negação. Ele não aceita o fim, não aceita que ela tenha partido, então tenta ressuscitar a mente dela, trocar a alma de lugar. Mesmo paralisada, ela tem um poder sobre ele. É como se o amor dele a mantivesse viva, e isso é muito bonito e perturbador ao mesmo tempo.
P – Você já tem novos projetos engatilhados para o próximo ano?
R – Sim. Gravei um filme chamado “Isolar”. Foi um trabalho que filmamos na Amazônia e foi muito interessante. Uma experiência única. Deve estrear no ano que vem. Mas, por enquanto, não tenho nada para começar a gravar. Tudo em aberto.

“Reencarne” – Temporada completa disponível no Globoplay.

Comente esta notícia

Rua Ivandelina Rosa Nazário (H-6), 97 - Setor Industrial - Centro - Alta Floresta - 78.580-000 - MT

(66) 3521-6406

[email protected]