Reportagem
Novas Imagens de uma câmera de segurança mostram os momentos antes e depois do assassinato de Raquel Cattani, em sua casa, em Nova Mutum. O crime foi encomendado pelo próprio ex-companheiro da vítima, Romero Xavier, e executado no dia 18 de julho.
A Polícia Civil encontrou uma troca de mensagens entre Romero Xavier, ex-marido da produtora Raquel Cattani, e seu irmão Rodrigo na noite anterior ao assassinato dela, ocorrido em um assentamento em Nova Mutum.
No dia 17 de julho, Romero entrou em contato com o irmão, Rodrigo Xavier, informando que havia um serviço para ele. No dia seguinte, foi até Lucas do Rio Verde para buscar o familiar, que foi deixado na fazenda de Raquel.
Ainda no dia 18 de julho, Romero foi flagrado por uma câmera de segurança em uma boate em Tapurah para criar um álibi a polícia. No local, ele ingere bebida alcoólica e conversa com mulheres.
Na conversa, ocorrida por volta das 20h50 do dia 17 de julho, Romero afirma para Rodrigo: “Tenho um serviço”.
Horas depois, Romero manda outras mensagem avisando que estava a caminho da casa de Rodrigo e pedindo para que o irmão o encontre na esquina. Conforme a Polícia, eles teriam planejado matar Raquel durante o encontro.
Conforme o delegado Guilherme Pompeo, a expressão “tenho um serviço” indica a encomenda do crime.
“Se tem um serviço, é um ato de dissimulação que, na verdade, se refere à encomenda do crime. No mesmo dia, Rodrigo encaminha uma mensagem perguntando a que horas eles iriam sair no dia seguinte”, afirma.
Já na manhã do dia 19 de julho, data em que Raquel foi encontrada morta pelos pais, uma câmera da fazenda registrou Romero chegando no local.
Uma semana antes de ser assassinada, Raquel contou a alguns amigos que o ex-marido teria aparecido de surpresa durante a madrugada na casa dela e alegou que estava querendo ver os filhos. Segundo amigos próximos, a jovem temia que algo pudesse acontecer com ela, mas nunca detalhava os problemas que aconteciam entre eles.
caso
Raquel Cattani, de 26 anos, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), foi encontrada morta no dia 19 de julho deste ano, na região do Pontal do Marape, em Nova Mutum. Ela era empreendedora e atuava na produção de queijos artesanais em Nova Mutum.
A jovem foi morta com cerca de 30 facadas. O corpo foi achado na manhã do dia seguinte pela própria mãe, em um dos quartos da casa onde morava. A empresária deixou dois filhos, um menino de 6 anos e uma menina de 3 anos.
