Dana Campos | Polícia Civil-MT
A Polícia Civil indiciou dois suspeitos de envolvimento na execução do advogado Renato Nery, aos 72 anos de idade, pelo crime de homicídio triplamente qualificado. Eles já se encontram presos preventivamente. O inquérito foi concluso, na quarta-feira, 30, pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Um deles é o caseiro, Alex Roberto de Queiroz Silva, e o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira. Ambos estão presos. Ao todo, seis pessoas foram indiciadas. Alex e Heron deverão responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado.
Os outros quatro indiciados são militares que integram o Batalhão da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam). São eles: Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e Jorge Rodrigo Martins.
No mesmo dia, a DHPP também concluiu o inquérito que apurava o confronto em que a arma do crime foi encontrada. Na ocasião, os quatro envolvidos foram indiciados por homicídio qualificado, fraude processual, duas tentativas de homicídio e porte ilegal de arma.
Conforme o delegado responsável pelo caso, Bruno Abreu Magalhães, um inquérito complementar será aberto para apurar a participação de dois suspeitos já identificados, bem como para apontar a sequência de participação de cada um dos suspeitos e da possível ligação de outras pessoas no crime.
O inquérito foi concluso, nesta quarta-feira (30.4), pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
O crime
Renato Nery foi assassinado aos 72 anos, atingido por disparos de arma de fogo no dia 5 de julho do ano passado, na frente de seu escritório, na Capital. O advogado chegou a ser socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado da cidade, mas morreu horas logo após o procedimento médico.
Desde a ocorrência do fato criminoso, a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) realizou inúmeras diligências investigativas, com levantamentos técnicos e periciais, a fim de esclarecer a execução do advogado.
Uma disputa de terra é apontada pelas investigações da DHPP como o fator motivacional para o crime.