Os líderes do BRICS divulgaram neste domingo, 6 de julho, a Declaração da 17ª Reunião de Cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro (RJ) sob a presidência brasileira. O documento contém uma ampla defesa do multilateralismo, com o objetivo de promover um sistema internacional mais justo, eficaz e representativo.
Reiteramos nosso compromisso com a reforma e com o aprimoramento da governança global, por meio da promoção de um sistema internacional e multilateral mais justo
“Reafirmamos nosso compromisso com o multilateralismo e a defesa do direito internacional, incluindo os Propósitos e Princípios consagrados na Carta das Nações Unidas (ONU), em sua totalidade e interconexão como seu alicerce indispensável, e o papel central da ONU no sistema internacional”, indica o texto.
O documento cobra ainda uma reforma abrangente das Nações Unidas, em especial de seu Conselho de Segurança, “para que ele possa responder adequadamente aos desafios globais predominantes e apoiar as aspirações legítimas dos países emergentes e em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, incluindo os países do BRICS, a desempenhar um papel maior nos assuntos internacionais”.
Na declaração, os líderes saúdam a entrada da Indonésia como membro pleno do BRICS e reconhecem os seguintes países como parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Nigéria, Malásia, Tailândia, Vietnã, Uganda e Uzbequistão.
Outro destaque do documento é a adoção da Declaração-Marco dos Líderes do BRICS sobre Finanças Climáticas, a Declaração dos Líderes do BRICS sobre Governança Global da Inteligência Artificial e o endosso ao lançamento da Parceria do BRICS para a Eliminação de Doenças Socialmente Determinadas. “Essas iniciativas refletem nossos esforços conjuntos para promover soluções inclusivas e sustentáveis para questões globais prementes”, afirma o comunicado.
— Como em mandatos anteriores (2010, 2014 e 2019), a presidência brasileira pretende contribuir para o avanço do diálogo e da concertação no BRICS em temas políticos e de segurança, econômico-financeiros, e relativos à sociedade civil.
O Brasil segue buscando reformas no sistema de governança global, sempre em prol da maior participação dos países emergentes e em desenvolvimento e de maior legitimidade e eficiência das organizações internacionais existentes.
Guiada pelo lema "Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável", a presidência brasileira em 2025 se concentra em duas prioridades: cooperação do Sul Global e parcerias para o desenvolvimento social, econômico e ambiental