José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte
Grande parte das ruas do bairro Residencial Universitário está praticamente intransitável, em função dos enormes buracos, valetas que cortam as vias e as incontáveis poças de lamas. A situação que já era crítica, piorou com as chuvas e muitos moradores encontram dificuldades até mesmo para chegar na própria residência.
Se a situação chegou a tal ponto, não é por falta de cobrança à prefeitura municipal. É o que afirma a presidente da Associação de Moradores do bairro, Ângela Ferreira. Ela diz que empreendeu uma verdadeira peregrinação à prefeitura municipal e a secretaria de Obras, protocolou inúmeros ofícios, mas nunca foi atendida.
“Ser presidente de bairro não é fácil. O povo nos cobra, e nós cobramos a prefeitura que não nos atende. Perdi as contas de quantas vezes fui a prefeitura e a secretaria de Obras, de quantos ofícios enviei, mas temos um prefeito que não nos atende”, lamenta Ângela.
E não é apenas os buracos das ruas que a prefeitura não está indo arrumar. Ângela acentua que os moradores do bairro também enfrentam problemas com a iluminação pública.
Ela diz que as lâmpadas que queimam, por mais que ela e os moradores cobrem, a prefeitura não vai trocar. Desta forma, com as ruas escuras, os moradores ficam mais expostos ao perigo.
A solução para o bairro, conforme ela, seria ser asfaltado. No entanto, a empresa que estava fazendo asfalto no bairro, interrompeu as obras no ano passado.
Os moradores estavam pagando para a empresa Apollo, para ela fazer o asfalto, já que a prefeitura municipal relegou o bairro ao mais completo abandono.
Porém, no final do ano passado os trabalhos pararam, a empresa recolheu os maquinários e devolveu o dinheiro para os moradores que já tinham pagado as parcelas.
“Eu paguei R$ 3.150,00 em 10 parcelas. Mas no final, o representante da empresa chamou os moradores e disse que não iria fazer o asfalto de nossa rua e devolveu o dinheiro”, afirma o morador Pedro Conceição de Oliveira.
Conforme ele, como nem todos os moradores pagaram para fazer o asfalto, a empresa alegou que o valor proveniente dos que aderiram, não foi suficiente para a obra ser executada.
As ruas que foram asfaltadas no bairro, conforme a presidente da Associação, foram todas pagas pelos moradores.
A avenida principal do bairro foi asfaltada em parceria entre a população e a prefeitura. “É uma parceria que a população tem que pagar tudo. Tivemos que correr atrás de material e até de mão de obra. E como a prefeitura não fez o meio fio, o asfalto está se estragando. O asfalto não é de boa qualidade e como não foi feito rede de canalização, tememos que em pouco tempo esteja deteriorado”, enfatiza Ângela.
“Infelizmente, aqui em Alta Floresta a prefeitura só faz asfalto se os moradores pagarem. Mas aqui, nem todos aceitam pagar. O asfalto seria a solução para o problema que enfrentamos. De poeira quando está na estiagem e lama e buracos quando começa a chover”, enfatiza.
Posto de Saúde - Outro problema enfrentado pelos moradores é com relação a saúde. O posto de saúde do bairro, tem médico, mas não tem dentista para atender a população.
Também não há remédios. Para conseguir remédios e exames, os moradores tem que atravessarem a cidade e ir na policlínica do bairro Cidade Alta.
Segundo Ângela, a Unidade de Saúde do bairro, apesar de ter sido construída há dois anos, está caindo aos pedaços. “O prédio chove muito dentro e está cheio de infiltrações. Se não for consertado, em pouco tempo estará completamente deteriorado”, enfatiza.
A Associação de Moradores do bairro Residencial Universitário agrega também os bairros Jardim dos Oitis e Tropical, que são adjacentes.
De acordo com Ângela, a situação destes dois bairros também é de completo abandono por parte do poder público municipal.