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Política Quarta-feira, 04 de Março de 2020, 00:00 - A | A

04 de Março de 2020, 00h:00 - A | A

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Buracos, valetas e poças de águas invadem ruas do bairro Residencial Universitário



José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte

Grande parte das ruas do bairro Residencial Universitário está praticamente intransitável, em função dos enormes buracos, valetas que cortam as vias e as incontáveis poças de lamas. A situação que já era crítica, piorou com as chuvas e muitos moradores encontram dificuldades até mesmo para chegar na própria residência.
Se a situação chegou a tal ponto, não é por falta de cobrança à prefeitura municipal. É o que afirma a presidente da Associação de Moradores do bairro, Ângela Ferreira. Ela diz que empreendeu uma verdadeira peregrinação à prefeitura municipal e a secretaria de Obras, protocolou inúmeros ofícios, mas nunca foi atendida.
“Ser presidente de bairro não é fácil. O povo nos cobra, e nós cobramos a prefeitura que não nos atende. Perdi as contas de quantas vezes fui a prefeitura e a secretaria de Obras, de quantos ofícios enviei, mas temos um prefeito que não nos atende”, lamenta Ângela.
E não é apenas os buracos das ruas que a prefeitura não está indo arrumar. Ângela acentua que os moradores do bairro também enfrentam problemas com a iluminação pública. 
Ela diz que as lâmpadas que queimam, por mais que ela e os moradores cobrem, a prefeitura não vai trocar. Desta forma, com as ruas escuras, os moradores ficam mais expostos ao perigo. 
A solução para o bairro, conforme ela, seria ser asfaltado. No entanto, a empresa que estava fazendo asfalto no bairro, interrompeu as obras no ano passado.
 Os moradores estavam pagando para a empresa Apollo, para ela fazer o asfalto, já que a prefeitura municipal relegou o bairro ao mais completo abandono.
Porém, no final do ano passado os trabalhos pararam, a empresa recolheu os maquinários e devolveu o dinheiro para os moradores que já tinham pagado as parcelas. 
“Eu paguei R$ 3.150,00 em 10 parcelas. Mas no final, o representante da empresa chamou os moradores e disse que não iria fazer o asfalto de nossa rua e devolveu o dinheiro”, afirma o morador Pedro Conceição de Oliveira.
Conforme ele, como nem todos os moradores pagaram para fazer o asfalto, a empresa alegou que o valor proveniente dos que aderiram, não foi suficiente para a obra ser executada. 
As ruas que foram asfaltadas no bairro, conforme a presidente da Associação, foram todas pagas pelos moradores. 
A avenida principal do bairro foi asfaltada em parceria entre a população e a prefeitura. “É uma parceria que a população tem que pagar tudo. Tivemos que correr atrás de material e até de mão de obra. E como a prefeitura não fez o meio fio, o asfalto está se estragando. O asfalto não é de boa qualidade e como não foi feito rede de canalização, tememos que em pouco tempo esteja deteriorado”, enfatiza Ângela. 
“Infelizmente, aqui em Alta Floresta a prefeitura só faz asfalto se os moradores pagarem. Mas aqui, nem todos aceitam pagar. O asfalto seria a solução para o problema que enfrentamos. De poeira quando está na estiagem e lama e buracos quando começa a chover”, enfatiza.

Posto de Saúde - Outro problema enfrentado pelos moradores é com relação a saúde. O posto de saúde do bairro, tem médico, mas não tem dentista para atender a população. 

Também não há remédios. Para conseguir remédios e exames, os moradores tem que atravessarem a cidade e ir na policlínica do bairro Cidade Alta. 
Segundo Ângela, a Unidade de Saúde do bairro, apesar de ter sido construída há dois anos, está caindo aos pedaços. “O prédio chove muito dentro e está cheio de infiltrações. Se não for consertado, em pouco tempo estará completamente deteriorado”, enfatiza.
A Associação de Moradores do bairro Residencial Universitário agrega também os bairros Jardim dos Oitis e Tropical, que são adjacentes.
De acordo com Ângela, a situação destes dois bairros também é de completo abandono por parte do poder público municipal.

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