Reportagem/ TCE
A inteligência artificial (IA) como aliada das ouvidorias públicas foi o tema central da segunda edição de 2025 do Tricotando Sobre Ouvidoria, realizado na quinta-feira, 17, pela Ouvidoria Geral do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). Com transmissão online, o evento reuniu mais de 300 participantes.
Na abertura, o conselheiro ouvidor-geral do TCE-MT, Antonio Joaquim defendeu o uso responsável e estratégico da tecnologia. “É um processo inevitável. O que precisamos é aproveitá-la para aprimorar a qualidade dos serviços, inclusive na ouvidoria, que representa a oportunidade do cidadão de exercer seus direitos.”
Desta forma, o uso da IA será construído gradualmente nas ouvidorias de órgãos públicos do Estado, com ações formativas continuadas. Para Antonio Joaquim, a inteligência artificial está consolidada e nesse processo de transformação a organização e o foco são os pontos principais.
O representante da Controladoria Geral da União (CGU) Mauro Kosis parabenizou o TCE-MT pela iniciativa. “A ouvidoria é um canal de diálogo da sociedade com os órgãos de controle. A temática escolhida é atual, necessária e estratégica”, disse.
Por sua vez, o secretário-geral da Presidência do TCE-MT, Nilson Bezerra, apontou a celeridade como ponto forte da ferramenta. “A inteligência artificial contribui para uma resposta mais clara e consistente ao cidadão, o que melhora significativamente o serviço público”, afirmou.
A apresentação foi conduzida pelo facilitador Walter Aguiar, servidor da Ouvidoria do TCE-MT e pesquisador da área. Na ocasião foram apresentadas orientações práticas para o uso seguro e ético da IA nas rotinas das ouvidorias públicas, com destaque para a IA generativa, como o ChatGPT.
Entre os principais pontos abordados, destacaram-se práticas como o estabelecimento de protocolos internos alinhados às políticas de privacidade, a realização de revisões humanas, e a capacitação contínua dos servidores públicos.
Walter também mostrou como desabilitar o uso dos dados para treinamento no ChatGPT e ofereceu um treinamento com exemplos práticos fictícios. “É preciso dar contexto, objetivos claros e, quando possível, minutas ou modelos que possam ser usados como base”, orientou.