Reportagem
Mato Grosso do Norte
O vereador Luiz Carlos de Queiróz (PMDB) disse em pronunciamento durante a sessão ordinária desta terça-feira, que estaria faltando comida para os pacientes internados do Hospital Regional. A denúncia foi feita ao vereador por um funcionário do hospital, que teve seu nome preservado.
Segundo o vereador, os parentes dos pacientes são proibidos de pedir medicamentos e alimentação para os mesmos. O parlamentar disse que vai fazer uma visita ao hospital para verificar in loco a situação.
O mesmo funcionário disse à Mato Grosso do Norte, que a situação do hospital continua crítica, mesmo depois que o vice-governador esteve no local há cerca de duas semanas e anunciou uma série de ações para melhorar o hospital.
O servidor, que teve seu nome preservado para não sofrer consequência em seu trabalho, disse que além de alimentos para os pacientes internados, também faltam medicamentos e papel para os trabalhos internos. Quanto aos serviços de telefone e Internet, a situação nunca foi resolvida. Sobre a alimentação para médicos e servidores do hospital, esta não estaria faltando. Ele informa que após a visita do vice-governador, os médicos receberam pagamento referente a dois meses e dois meses continuam atrasados. O hospital, segundo o funcionário, também estava até há poucos dias, sem cadeiras de rodas e de banho. A situação foi resolvida através do empresário Valter, da Karen Modas, que fez a doação de duas cadeiras de rodas e duas cadeiras de banho.
“Meu desejo é um dia vir nesta tribuna e poder agradecer ao governador Pedro Taques por ele ter resolvido os problemas do hospital. Mas infelizmente, o tratamento da saúde está sendo de descaso”, disse o vereador.
Um outro servidor do Hospital Regional de Alta Floresta, com o qual o jornal entrou em contato, disse que viu na manhã de ontem, as refeições sendo levadas para os pacientes internados no hospital. Ele disse que não tem conhecimento sobre a falta de alimentos para os pacientes.
Em Colíder, os médicos do Hospital Regional estão em greve há mais de 20 dias. A categoria cobra a regularização de salários em atraso desde outubro de 2016. Na semana passada, os prefeitos da região que integram o consórcio de saúde tentaram encontrar uma solução para pôr um final à paralisação, mas não houve acordo por parte do governo estadual.
A situação do hospital é bastante crítica. Além de medicamentos há problemas também com relação ao fornecimentos de alimentos para funcionários e pacientes.
Mato Grosso do Norte tentou contato com o diretor do Hospital, José Marques, mas ele está em viagem desde a semana passada e as ligações para seu telefone celular não são completadas.