Reportagem/ Mato Grosso do Norte
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Morais, relator do processo que julgou a moradora de Colíder, Rosely Pereira Monteiro, por invasão a sede dos poderes em Brasília, votou pela condenação da ré a 17 anos de reclusão, no julgamento virtual que foi encerrado na sexta-feira, 24. Acompanharam o voto de Moraes os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin e Edson Fachin. Somente os ministros André Mendonça, Luís Roberto Barroso e Nunes Marques votaram contrário.
Rosely foi condenada a pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito (5 anos e 6 meses), golpe de Estado (6 anos e seis meses), dano qualificado (1 ano e seis meses), deterioração do Patrimônio tombado (1 ano e 6 meses) e associação criminosa armada (2 anos). Dos 17 anos de condenação, 15 anos e 6 meses são de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção.
Ela terá que pagar 100 dias-multa pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. Pelos prejuízos causados aos prédios públicos na Praça dos Três Poderes, a ré foi condenada a pagar multa no valor de R$ 30 milhões a título de indenização por danos morais coletivos. Rosely foi para Brasília dias antes dos ataques, onde participou dos protestos contra o atual governo. Mas acabou presa no 8 de janeiro e ficou n8 meses na penitenciária feminina do DF, conhecida como Colmeia.
Foi liberada em agosto com monitoramento de tornozeleira eletrônica. Em depoimento à Polícia Civil, Rosely disse que pediu para os manifestantes não quebrarem o Pálio do Planalto, mas não foi ouvida. E que sua participação nos atos “foi para tentar salvar o Brasil de um governo que quer acabar com a família, para manter as igrejas, proteger as futuras gerações, bem como seus filhos e netos e impedir que as mulheres e crianças se tornem escravas sexuais
Além de Rosely, Ana Paula Neubaner Rodrigues, Angelo Sotero de Lima, Alethea Verusca Soares e Eduardo Zeferino Englert tabém foram condenados a 17 anos de prisão.