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+Saúde Quarta-feira, 30 de Março de 2022, 10:09 - A | A

30 de Março de 2022, 10h:09 - A | A

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Entenda os riscos dos mais de 140 remédios para emagrecer proibidos pela Anvisa

A promessa, mesmo que de origem natural, pode trazer riscos altos à saúde e a comercialização informal facilita a venda



A  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma lista de 140 cápsulas de emagrecimento que podem oferecer riscos à saúde, com orientações de suspensão do uso desses medicamentos. O alerta foi dado após o surgimento de alguns casos envolvendo complicações e até mortes com relação à ingestão desse tipo de cápsula, como o que aconteceu com uma enfermeira, em São Paulo, no começo do mês, que morreu em decorrência de uma hepatite fulminante relacionada ao uso dessas substâncias.

Por meio de nota, a Anvisa detalhou que a venda desse tipo de produto com origem natural requer um cuidado específico e deve passar por autorização. “Por lei, os medicamentos só podem ser comercializados por farmácias e drogarias, independentemente da categoria (sintético, biológico, fitoterápico, homeopático, dinamizado, entre outros)”.

“Por conta da origem natural e pela promessa de resultados milagrosos como o emagrecimento e a detoxificação do organismo, além de aumento do metabolismo e rejuvenescimento, muitas pessoas acabam sendo ludibriadas e adquirem esses produtos que não possuem comprovações técnicas de eficácia”, ressalta o farmacêutico e professor Antônio Neto Machado, sobre o caminho perigoso que leva ao consumo arriscado dessas cápsulas e chás emagrecedores.

Impulsionada pela comercialização informal, a venda desses produtos sempre foi bastante negligenciada pelas autoridades. Hoje em dia, com o crescimento do e-commerce, não é difícil encontrar as cápsulas em portais eletrônicos de busca, facilitando ainda mais a compra desses itens.

Os riscos - Esses produtos contêm substâncias conjuntas que, mesmo sendo de origem natural, podem oferecer riscos ao organismo de qualquer pessoa, com ou sem comorbidades. Antônio aponta que nem tudo que é natural é seguro, principalmente pela forma como esses produtos são extraídos, misturando substâncias diversas que podem oferecer perigos e tem um grande potencial toxicológico.

O professor ressalta ainda que esse potencial tóxico contido pode destruir as células dos tecidos do trato gastrointestinal e das glândulas associadas, além de órgãos como o próprio fígado.
Antônio ainda faz um último alerta, para outro problema que pode ser gerado por esses produtos. “Todo medicamento deve ser utilizado apenas com prescrição médica e avaliado de forma acurada pelo farmacêutico.

Por mais que esses produtos tenham origem natural, além de todos os riscos citados anteriormente, podem, inclusive, produzir interações medicamentosas com remédios nos casos de pacientes que estejam tratando alguma doença”, finaliza.

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