Assessoria
Numa escala global, as plantas daninhas são um dos principais fatores restritivos de produção da soja, correspondendo por 20% a 30% das perdas, sendo elas por competição com a cultura agrícola por água, luz e nutrientes, como também por perda na qualidade dos grãos colhidos e por hospedar pragas que futuramente trarão prejuízos a lavoura. Dentre as cinco plantas mais problemáticas no mundo está o capim pé de galinha, devido ao seu rápido crescimento, sistema radicular agressivo e elevada produção de sementes.
De acordo com Aline Deon, pesquisadora da Proteplan, o pé de galinha e as demais plantas invasoras devem ser controladas com manejo correto, que implica em usar com muita eficiência e eficácia as ferramentas de combate as plantas daninhas, protegendo assim o potencial produtivo das cultivares de soja.
Para essa fase da lavoura que antecede a colheita, Aline orienta que o produtor rural e sua equipe fiquem atentos ao momento correto de realizar a dessecação para que a colheita não tenha prejuízos em produtividade e na qualidade dos grãos colhidos. “Deve-se ficar cauteloso, principalmente, se for utilizar cultivares de hábito indeterminado, já que nesses materiais a maturação acontece de forma desuniforme. É importante também se planejar para a implantação do milho safrinha no limpo.”
A engenheira agrônoma explica que os resultados de pesquisas evidenciam a importância de aplicações sequenciais no manejo de plantas perenizadas e, também, a rotação de mecanismos de ação, a fim de evitar a seleção de biótipos resistentes e, assim, ter mais ferramentas no manejo de plantas daninhas. “O uso de pré-emergentes no sistema também se mostrou importante para controle de plantas invasoras, uniformizando e retardando o fluxo de emergência, entregando plantas de menor porte para a aplicação em pós”.
Essas informações foram apresentadas pela pesquisadora Aline Deon na Estação Herbologia durante o Open Sky Soja 2021, realizado de 27 a 29 de janeiro em Sorriso