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Agronegócio Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2020, 00:00 - A | A

20 de Janeiro de 2020, 00h:00 - A | A

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Variedades de trigo com viabilidade produtiva em Mato Grosso



Rosana Persona 
Empaer | MT

A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) lançou o boletim informativo com resultados do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Trigo (Protrigo) referente ao ano de 2019. O pesquisador da Empaer e coordenador da Câmara Técnica do Trigo, Hortêncio Paro, fala que foram avaliados seis materiais genéticos e os que melhor se adaptaram foram as variedades Valente para trigo de sequeiro e CD 1104 para irrigado, que mostraram potencial de cultivo.
O boletim faz um resumo das ações executadas nas três Unidades Demonstrativas de trigo irrigado e na Unidade de Observação de sequeiro. A publicação mostra o comportamento evolutivo das variedades, preparo do solo, tratamento de sementes, equipamento de plantio, densidade, profundidade, tratos culturais, controle de invasoras, inseticidas, número de planta e altura, dados de chuvas e outros. Foram instaladas nos municípios de Campo Novo do Parecis, Santa Rita do Trivelato, Primavera do Leste, Itiquira e Pedra Preta.
A variedade CD 1104, considerada recomendável aos triticultores, apresentou uma produtividade acima de 70 sacas por hectare para o cultivo do trigo irrigado. A variedade Valente atingiu 40 sacas por hectare para trigo de sequeiro. Conforme o boletim, no Estado de Mato Grosso o trigo pode ser cultivado em dois períodos: final de fevereiro e início de março para o plantio do sequeiro e segunda quinzena de junho para semeadura do trigo irrigado. “O cerrado é uma alternativa para produção de grãos de trigo, pois é a primeira região a ser colhido no Brasil, o que pode garantir ao produtor melhor renda”, explica Hortêncio.

O Estado consome 140 mil toneladas de farinha de trigo e possui uma área de 150 mil hectares com pivôs preparados para o plantio no período de vazio sanitário da soja. O pesquisador esclarece que o plantio do trigo é uma boa opção de manejo de solo nas áreas irrigadas, ajuda a controlar o nematoide de galha e o fungo sclerotinia (mofo branco). E também facilita o controle das invasoras de folhas largas e a palha do trigo após a colheita. Essas medidas impedem que haja erosão solar da matéria orgânica, o que prejudicaria a vida microbiana do solo.

De acordo com Paro, o trabalho de pesquisa é feito há 40 anos, comprovando a viabilidade técnica do cultivo do cereal em Mato Grosso e a qualidade do trigo colhido, que pode atingir de 300 a 500 de força de glúten (W). 

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