A discussão não é se a implantação de uma escola militar é bom para Alta Floresta. Toda a sociedade entende que um investimento no setor educacional representa avanços e benefícios para a formação e qualificação das próximas gerações.
O que originou um problema é a forma como este processo está sendo conduzido. Um projeto que impacta a vida de um grande número de pessoas não pode ser tomado sem a abertura de um diálogo com a sociedade. No caso, a comunidade escolar e a direção e Conselho da Escola Vicente Francisco da Silva.
O projeto é importante! E por isso mesmo, deve ser executado com planejamento e transparência, com informações para a direção da escola e para os pais dos alunos nela matriculados.
Imagine como se sentem os pais das crianças e dos adolescentes que estudam na escola Vicente Francisco, sem saber onde seus filhos irão estudar neste ano?
Imaginem como se sentem professores, funcionários e diretores da escola, surpreendidos por uma decisão que surgiu inesperadamente, de uma hora para outra, sem nenhum planejamento?
Em uma democracia, as decisões não devem ser tomadas de cima para baixo, ignorando a opinião da sociedade
Apenas decidiu-se, inopinadamente, que a escola Vicente Francisco,que tem uma história de 25 anos, de uma hora para outra, simplesmente deixe de existir para ceder espaço para a implantação de outro projeto.
É um atropelo!
Em uma democracia, as decisões não devem ser tomadas de cima para baixo, ignorando a opinião da sociedade. Portanto, é compreensivo a indignação externada pelos pais dos alunos, pela direção e conselho deliberativo da Escola Vicente Francisco, porque esta decisão não está respeitando seus direitos elementares de cidadão.
Uma decisão de tamanha importância teria que ter sido tomada com diálogo, informação e participação de todas as partes envolvidas. E não enfiada goela abaixo dos pais dos alunos e da direção da escola.
José Vieira do Nascimento é diretor e editor de Mato Grosso do Norte
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