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Artigo Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2018, 00:00 - A | A

19 de Dezembro de 2018, 00h:00 - A | A

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Geração dos normalóides



Wilson Carlos Fuáh 

Com a evolução tecnológica e facilidade a pesquisa, hoje estamos diante de uma geração carente de dificuldades, porque tudo está sendo entregue pronto.
O mundo tecnológico nos coloca a disposição muitas facilidades e agilidade no acesso a dados, a rapidez de acesso à instantaneidade dos fatos, e estes vêm no memento em que eles acontecendo, com isso, está faltando cabeças pensantes e no futuro teremos preguiçosos mentais a solta e a procura do que não conseguem encontrar no passado, e tem o seu presente esvaziado, logo não saberá entender o seu futuro, é assim. 
O passado é um lugar cheio de coisas que as pessoas pensam que não estão mais lá e já caiu esquecimento, e por isso,  as pessoas pensam que não existem mais  lembranças, e ao buscá-las, os fatos passados se apresentam meio confusos, simplesmente pela razão dos momentos falhos das  memórias desocupadas.
Ao visualizarmos  um rosto de alguém que  a muito partiu, e ficarmos buscando os detalhes: o sorriso; aos cabelos; vemos que apenas o formato do rosto  sem história ficou. Isto porque, tudo envelhece em 24 horas,  e  tem muita gente que não consegue lembrar o que fizeram pela manhã, tudo começa a ficar turvo no segundo passou. Imagine se forçar e tenta lembrar em quem votou ou mesmo, relembrar nos gastos do mês passado,  a única coisa que resta são pequenas memórias distantes e ofuscadas.

O dia de ontem está ficando sem registro, por isso, ao abandonar as coisas do passado muito rapidamente, é que as pessoas estão deixando de existir por não ter histórias pessoais, porque acharem que os dias terminam a meia noite, e que a sua história se resume ao hoje e pronto final.
A dependência eletrônica tornou-se uma prisão intelectual, e essa conexão pela facilidade e a força dessa facilidade dominadora nos dá uma liberdade provisória, mas ao raciocinar e saber utilizar melhor a liberdade de expressão, nos colocam a um passo a frente dos preguiçosos mentais, até um dia, percebermos que o responsável pela nossa própria prisão mental, somos  nós mesmo,  por falta de iniciativa própria.
A criatividade está sendo colocado de lado, e deixamos de lado as opções   da capacidade criadora e o fator comunicativo para quem assim o desejar, por isso,  muitos optam pelo mais fácil, e assim, seguem cada vez mais e mais, o crescimento da legião de seres preguiçosos e  “normalóides”!
O nosso mundo mental só evoluirá, quando superarmos o convencional, e sabermos utilizar do livre pensar, senão a comunicação que usamos como fator de convencimento nunca será utilizada, e essa agregação dos recursos da inteligência humana, tão necessária ao convencimento, ficarão desprezíveis pela facilidade dominadora da tecnologia. 

Wilson Carlos Fuáh é Economista, Especialista em   Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.  Email: [email protected]

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