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Artigo Segunda-feira, 10 de Setembro de 2018, 00:00 - A | A

10 de Setembro de 2018, 00h:00 - A | A

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Incerteza na economia



O Brasil ainda não se recuperou totalmente da crise econômica enfrentada nos últimos anos e as incertezas em relação à eleição presidencial, somadas às sucessivas valorizações do dólar em relação às moedas de países emergentes, tornam as perspectivas da economia brasileira para os próximos meses ainda mais instáveis.
Nesse cenário desafiador, é extremamente importante que as empresas sejam capazes de se adaptar às mudanças e responder com agilidade às novas demandas de um mercado cada vez mais dinâmico. Para isso, é necessário que tenham estruturas e processos eficientes, sem entraves burocráticos ou desperdício de recursos. Uma forma de alcançar esses objetivos é por meio da aplicação dos conceitos de gestão enxuta, um modelo de negócios criado pela montadora Toyota na década de 1970 e que continua atual.
Esse método empresarial pode ser usado por companhias de qualquer setor, mas é na construção civil que vemos atualmente os resultados mais significativos. A gestão enxuta parte do princípio de que todo o processo produtivo da construção pode ser otimizado com a adoção de mudanças focadas na redução de desperdícios e na eliminação de gargalos e de retrabalho em toda a cadeia.

Identificar processos desnecessários ou repetitivos é um dos passos mais importantes para alcançar um fluxo de trabalho mais eficiente. Atividades que não agregam valor ao serviço final, como o transporte de materiais e sua armazenagem, devem ser reduzidas ou, se possível, eliminadas. Isso ajuda a diminuir o número de etapas dos processos, o que contribui para encurtar o tempo de ciclo da cadeia produtiva, acelerando a entrega da obra.
A elaboração de orçamentos é outro ponto que necessita de atenção. Os planejamentos das obras devem ser feitos de acordo com as necessidades reais da empresa, sem espaço para gastos excessivos.
A gestão enxuta não se restringe à cadeia produtiva dos empreendimentos imobiliários, sendo aplicável também na estrutura da empresa, dos cargos mais simples até a presidência. Áreas de apoio como os setores financeiro, jurídico e de recursos humanos, por exemplo, podem atuar sem a necessidade de muitas pessoas e sistemas complexos. Isso é alcançado por meio da automatização e robotização de processos com implementação de sistemas de gestão eficientes, que permitem à companhia direcionar mais esforços para as atividades centrais de seu negócio. Além disso, a busca constante de unificar e otimizar processos utilizando a Inteligência Artificial (IA) nos canais de relacionamento com clientes é fundamental nos dias de hoje.
Obter os melhores resultados com o mínimo de recursos, como prega a gestão enxuta, não deve ser visto apenas como uma vantagem competitiva. É antes uma necessidade real das empresas que quiserem sobreviver em um ambiente de rápidas mudanças como o de hoje e, ao que tudo indica, do futuro também.

Carlos Bianconi é copresidente da RNI

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