No Brasil há um movimento que criou o Maio Verde, um mês totalmente dedicado para discutir a legalização da maconha. Neste mês acontece também a Marcha da Maconha em várias cidades brasileiras. Desde 2007 há um grupo chamado de Growroom, o qual foi responsável pela divulgação da Marcha da Maconha, ele até hoje está envolvido nesses eventos e também na programação do Maio Verde. Até 2011, esta marcha sofreu várias repressões em diversas cidades, mas o Supremo Tribunal Federal liberou para que elas acontecessem já que impedi-las seria impedir a liberdade de expressão dos brasileiros, a qual é direito por constituição. Todas as marchas organizadas podem ser encontradas no Facebook, as maiores acontecem tanto em São Paulo, Rio de Janeiro como Recife, mas também em outras capitais brasileiras.
É também preciso entender que a legalização da maconha envolve três pontos importantes, o primeiro é a legalização para uso recreativo, o segundo é a legalização para uso medicinal e o terceiro é a legalização da plantação de maconha em casa. Cada um desses pontos tem questões diferentes envolvidas. Para uso recreativo é preciso determinar quantas gramas cada pessoa pode portar, por exemplo, já para o uso medicinal, quais substâncias são aprovadas pela agência de saúde e quais medicamentos podem ser comercializados, e para a plantação quantas plantas são permitidas para cada casa. Ou seja não é apenas legalizar o uso da maconha, mas sim criar uma legislação completa de forma a regulamentar todas as suas frentes. Um ponto importante também é o quanto o governo que se envolver com essa produção, já que ele terá que participar de uma forma maior ou menor de todo esse processo e o governo brasileiro não tem como prioridade esta questão, mesmo que renda em impostos.
Um dos pontos apontados pelas pessoas que são contra a legalização da maconha é que legalizar aumenta o consumo dela. Esta é um ponto que pode ser visto sob duas perspectivas, a primeira o número só aumenta pois há um senso de quem realmente está consumindo, já que o governo passa a ter um controle, e a segunda vários estudos foram e são feitos mostrando que maconha legalizada não significa mais consumo. Neste estudo adolescentes entre 14 a 18 anos de vários estados americanos com legalização e não-legalização foram avaliados para ver em quais estados se consumia mais e as taxas foram muito parecidas, mostrando que a legalização não é um fator de aumento de consumo.
Nomes a favor da legalização da maconha recreativa
Hoje no Brasil, principal nome brasileiro no movimento de Legalize Já é o cantor Marcelo D2, o qual fundou o Planet Hemp. Ele vem há décados lutando pela legalização da maconha recreativa e tem atuado nesses últimos anos no Twitter para divulgar as suas ideias. Em uma entrevista, ele fala que muito mais do que consumir maconha, a legalização da maconha é uma questão humanitária, já que é um direito do cidadão ser livre e fazer as suas escolhas e o governo precisa dar essa liberdade.
Nomes a favor da legalização da maconha medicinal
Já no mundo da maconha medicinal, o principal nome é Mara Gabrilli, a senadora de São Paulo mais votada no Brasil. Ela é tetraplégica e precisa dos produtos feitos com maconha para conseguir administrar as suas atividades cotidianas, inclusive o seu trabalho dentro do Congresso Nacional. Ela vem lutando pela total legalização do uso de maconha medicinal de forma a facilitar o acesso desses produtos as pessoas doentes com condições que se beneficiam dos efeitos desses medicamentos.