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Artigo Quarta-feira, 30 de Julho de 2025, 10:42 - A | A

30 de Julho de 2025, 10h:42 - A | A

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O mundo além do arco-íris!

O verde cura. O azul acalma. O índigo silencia. E o violeta transforma



Por Kamila Garcia  

Sempre fui dessas que olha pro céu depois da chuva. Não sei se por fé, costume ou poesia, mas há algo no instante em que o Sol reaparece que me faz buscar, com olhos de criança, o tal arco-íris. Já o vi muitas vezes, e em nenhuma delas ele pareceu comum. Cientificamente, ele é só luz passando pelas gotas d’água: refração, dispersão, espectro de cores.

Coisa da física. Mas gosto mais da explicação que vem do coração — aquela que diz que o arco-íris é sinal de promessa, de recomeço, de que Deus ainda sorri depois das tempestades. Com o tempo, fui descobrindo que ele não é só bonito: ele é simbólico. Cada cor guarda um mundo inteiro. O vermelho me lembra paixão e coragem. O laranja, criatividade e alegria. O amarelo traz luz à mente e força pra seguir.

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O verde cura. O azul acalma. O índigo silencia. E o violeta transforma. Não por acaso, essas cores se alinham aos chakras do corpo, como se dissesse: “você também é feito de luz”. E talvez sejamos mesmo. Carregamos em nós essa paleta vibrante, mesmo que às vezes nos esqueçamos das cores que temos, e o equilíbrio delas reflete nosso bem-estar interno. O arco-íris também representa o amor livre. E eu entendo.

O vermelho me lembra paixão e coragem. O laranja, criatividade e alegria. O amarelo traz luz à mente e força pra seguir

Porque depois da dor, da confusão, da ausência de sol, ele surge inteiro e colorido, lembrando que amar é isso: aparecer inteiro. Sem medo, sem disfarce, sem rótulo. A gente perde tempo demais tentando entender ou julgar o amor do outro. Põe caixinhas, regras, etiquetas. Enquanto isso, quem ama de verdade só ama.

Porque o amor verdadeiro não tem forma definida — ele se molda à essência. E a essência, meu amigo, não se explica, se sente. Cada um carrega sua própria tempestade e, depois dela, seu próprio arco-íris. E ninguém deveria ter o direito de apagar as cores do outro. Respeitar as diferenças é, no fundo, respeitar a vida.

Porque o que seria do céu se todo pôr do sol fosse igual? E o que seria do amor se só coubesse numa única cor? No fim das contas, o arco-íris nos ensina mais do que pensamos. Ele nos lembra que existe beleza depois da dor, cor depois do cinza e amor — sim, amor — depois de todo vendaval.

Talvez, no fundo, ele só esteja ali pra nos lembrar do essencial: amar é divino. E amar o outro como ele é... é humano demais pra ser ignorado.

*Kamila Garcia é bacharel em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, com pós-graduação em Psicanálise. Estuda Psicologia Positiva e se dedica às terapias holísticas e à espiritualidade voltada ao autoconhecimento.

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