José Vieira
Mato Grosso do Norte
Um fato sinistro surpreendeu a população de Peixoto de Azevedo. Muitas pessoas ficaram chocadas com o acontecimento funesto divulgado no sábado, 28, quando a escola da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) foi invadida na madrugada e 29 coelhos que eram usados para a terapia dos alunos, foram mortos a pauladas.
Os animais ficavam em um recinto adaptado no interior da escola. O diretor da APAE em Peixoto é o vereador Evandro Kommers (MDB), que está no segundo mandato e é ex-presidente da Câmara Municipal.
No local, os criminosos deixaram uma mensagem: “o recado está dado, se não parar haverá outras”.
O parlamentar disse à Mato Grosso do Norte que está assustado e não consegue entender se esta “crueldade é uma represália a alguma ação da APAE ou ao seu trabalho parlamentar.
“Nos deparamos com essa cena de horror. A princípio pensamos que fosse um bicho que teria atacado os coelhos, mas depois notamos as evidências e encontramos esta mensagem de ameaça”, relata o vereador.
“Estou preocupado! Não sei se este recado é para o Evandro, diretor da APAE, ou para a outra instituição que faço parte como vereador, que é a Câmara. Ou ainda se é para outra pessoa”, observa.
Diante disto, foi instalado vídeo monitoramento em toda a sede da APAE e a direção vai contratar um vigia para cuidar da escola no período da noite.
A APAE em Peixoto de Azevedo atende a 152 alunos. “Além de assustador é muito triste se deparar com uma situação desta. Os animaizinhos eram dóceis, estava na instituição há mais de um ano, utilizados para terapia das crianças”, enfatiza Evandro, cobrando que o fato seja esclarecido e os autores identificados.
O presidente da Câmara Municipal de Peixoto de Azevedo, Thawê Dorta (União) esteve no local e prestou solidariedade ao diretor da APAE, seu colega no poder Legislativo. E cobrou que as autoridades esclareçam os fatos.
De acordo com ele, a mensagem é muito grave ao ameaçar que “se não parar coisas piores vão acontecer”. De acordo com ele, subtende-se que o mesmo que aconteceu aos coelhos “pode chegar aos cavalos (a APAE também usa cavalos em suas terapias) e até mesmos agressões físicas”.
“Em nome de todos os vereadores peço as autoridades que investiguem para se saber se foi um ato de vandalismo ou uma ameaça ao colega vereador. Precisamos de uma resposta. Se é algo contra nós, vereadores, a APAE, os coelhinhos e as crianças não têm nada a ver. Somos preparados para receber críticas, mas estamos fazendo o nosso trabalho. Se não agrada a certas pessoas, lamentamos”, disse o presidente.
Em nota, a Polícia Civil confirmou os indícios e apontam para morte intencional. O caso é investigado.
