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Atualidades Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2019, 00:00 - A | A

20 de Dezembro de 2019, 00h:00 - A | A

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Aprovação do projeto viabiliza retomada do Programa Jovem Marceneiro em Alta Floresta



Reportagem
Mato Grosso do Norte

O projeto Jovem Marceneiro que foi interrompido há cerca de 10 anos em Alta Floresta, será retomado, caso a Decomar receba o terreno que está pleiteando do município, para a implantação de uma moderna e automatizada indústria de fabricação de móveis. 
O Instituto Floresta foi quem desenvolveu o projeto do município, mas suas atividades foram paralisadas desde 2006. Hoje, a sede do projeto é na Universidade Estadual de Mato Grosso, mas o mesmo está parado por falta de alguém que tenha interesse em retomá-lo e que possa angariar recursos para executá-lo.
Conforme o empresário Leonardo Marcondes, a Decomar assumiu o compromisso de retomar o projeto, levando –o para dentro de sua fábrica, cederia espaço dentro de suas instalações para executar o projeto, além de fornecer mobiliário e pagaria um monitor para dar as aulas. Os cursos para os alunos seriam desenvolvidos em parceria com o Simonorte- Sindicato dos Moveleiros- Instituto Floresta, Unemat e demais parceiros.
“A execução do projeto seria responsabilidade da Decomar, dentro de sua fábrica. Iremos bancar os custos de EPI-  Equipamentos de Proteção Individual- e os monitores”, assegura Leonardo.
Para a execução do projeto Jovem Marceneiro, serão realizadas de duas a três oficinas e cursos profissionalizantes, ao longo do ano, com duração de três meses. A quantidade de alunos participantes seria de acordo com a demanda, com turmas de 20, 30 a 40 alunos, podendo este número ser ampliado caso tenham mais interessados em participar.
Nas aulas, os alunos desenvolveriam a didática de montador, marceneiros, operador de máquinas e aprenderiam a trabalhar com a madeira bruta e com MDF.  Todas os alunos que concluírem o curso estariam aptos a trabalhar nas empresas do setor de móveis. 
“O certificado seria de Montador, Marceneiro e operador de algumas máquinas usadas no segmento da indústria de móveis. Estes cursos são voltados para pessoas que não tem mão de obra especializada, ou que tenham interesse em se especializar nas áreas de marcenaria e montagem”, explica.

Quem também seriam contemplados com o projeto Jovem Marceneiro, seriam os jovens abrigados na Casa Lar. Quando completam 18 anos, eles não podem continuar morando na Casa Lar, e precisam arranjar emprego para se sustentar. Porém, geralmente esses jovens não conseguem se colocar no mercado de trabalho, por falta de qualificação profissional. Com esses cursos, eles poderiam se profissionalizarem e ter mais facilidade de arrumar um emprego. O projeto também atende aos reeducandos.    

Os alunos recebem uma ajuda de custo, com valor de R$ 180 a 200 reais, para despesas de alimentação e transporte.  Esta ajuda de custo seria paga com a venda dos brinquedos pedagógicos, produzidos durante o curso. “Será difícil que o valor arrecadado com a venda dos brinquedos seja suficiente para pagar todas as despesas. Mas a empresa Decomar concorda em pagar a diferença dos custos que faltar”, observa Marcondes.
Ao término do curso, todos os jovens que se formarem, receberão um certificado e o Simonorte irá preencher o currículo de todos os participantes, especificando que eles se profissionalizaram na oficina, e enviar para as empresas que fazem parte do Sindicato. O Simonorte abrange as cidades de Sorriso, Sinop, Itaúba, Guarantã do Norte, além de Alta Floresta, Carlinda e demais cidades da região abaixo de Sorriso, que somam em torno de 600 empresas.
O Sindicato informariam as empresas sobre estes alunos que foram qualificados e estão aptos para o mercado de trabalho dentro do segmento de móveis. E provavelmente, essas empresas, que carecem de mão de obras especializada, iriam fazer propostas para contratar essas pessoas. 
“Hoje, a mão de obra especifica de marceneiro é muito raro e faltam profissionais na região. É uma mão de obra escassa e toda empresa moveleira sofre com a falta de marceneiros. Deixam de vender porque não conseguem produzir.  Esta profissionalização, mudaria este quadro. Pois a cada três meses haveriam profissionais se formando e estariam no mercado”, acentua o empresário. 

Tudo depende da aprovação do projeto

Caso aprovação do projeto por parte da Câmara Municipal não se concretize este ano, a empresa ficará impossibilitada de fazer este investimento em Alta Floresta em 2020. Portanto, se os vereadores votarem a favor do projeto, viabilizará a implantação da nova indústria no município.
A empresa não descarta a possibilidade de levar o investimento para outro município que abrisse as portas para a mesma executar o projeto, mas conforme seus diretores, o desejo é permanecer em Alta Floresta, só levando o investimento para outra cidade, caso não dê certo a aprovação do projeto na Câmara Municipal.
O diferencial desta grande indústria que está sendo projetada seria os 100 funcionários que iriam gastar seus salários em Alta Floresta, e haveriam os gastos de manutenção dentro da cidade, o que ajudaria a fomentar a economia local e as 12 lojas espalhadas por Mato Grosso. 
A captação do dinheiro não será feito dentro do município. Diferentes das empresas atuais, que fazem as vendas dentro da cidade, na nova indústria, as lojas implantadas nas outras cidades, fariam as vendas e comprariam os moveis no setor de produção em Alta Floresta, mandando dinheiro para o município. 
“O pagamento das vendas será passado para a indústria em Alta Floresta. O legal é que é uma indústria grande, de muitos funcionários e que trará dinheiro de outras cidades para Alta Floresta. Não será o giro de Alta Floresta que irá bancar esta indústria, mas o dinheiro que virá de fora. Essas 100 pessoas só terão estes empregos, com uma indústria com este potencial”, observa Marcondes. 
Porém, para que tudo isto possa acontecer será necessário a aprovação do projeto por parte dos parlamentares, neste ano ainda. O projeto precisa novamente ser enviado à Câmara em Regime de Urgência e aprovado pelos vereadores. Desta forma, é importante que a sociedade entenda que o motivo da urgência é porque o projeto precisa ser votado este ano.

 

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