Ilson Machado
Mato Grosso do Norte
Segundo pesquisa feita pelo Instituto Pet Brasil, o país tem uma população de 184.960 animais abandonados ou resgatados por maus tratos, que estão sob a tutela das ONGs e grupos de Protetores. Dos mais de 184 mil animais resgatados, 177.562 (96%) são cães e 7.398 (4%) são gatos.
Em Alta Floresta, de acordo com Valeria Garcia Oliani, presidente da Associação Protetora Amamos Animais (APAAF), que desde 2009 vem desempenhando um trabalho voluntário de proteção dos animais, principalmente aqueles em situação de abandono, em média são recolhidos 20 animais por mês pela Associação.
Atualmente há em torno de 50 animais, que foram retirados das ruas, sendo a maioria encontrada abandonada, outros atropelados, errantes ou em situação de extrema necessidade alimentar. Animais conhecidos por SRD (sem raça definida).
Antes de adotar um animal é necessário que o adotante consulte o bolso, o espaço disponível, os planos para o futuro, o tempo, sua família e sua paciência
Com a finalidade de encontrar um lar para grande parte deles, a APAAF vai promover, no dia 17 de fevereiro das 10h às 13h, na Dog Show, em frente à Praça do Avião, um evento de adoção de cães, serão disponibilizados 12 pets caninos entre filhotes e adultos, machos e fêmeas, que vão estar à disposição das pessoas interessadas em adotá-los.
Valéria lembra que todos estão castrados, procedimento realizado com valores doados pela comunidade e que os demais animais não vão estar no evento porque, para serem levados para adoção, primeiro passam por um pet shop para tomar banho e a Associação não pode, no momento, arcar com a higienização de todos.
O procedimento de adoção segundo ela, é simples. Os interessados devem apresentar o RG e o CPF, então será feito o preenchimento de um termo de adoção no Google Forms, por uma voluntária da APAAF, com a inserção de uma foto do animal e do adotante.
Posterior a adoção uma equipe da Associação Protetora Amamos Animais de Alta Floresta, fará um acompanhamento por pelo menos dois anos, para averiguar os cuidados e a adaptação do animal e seu tutor. Para a presidente da associação, ao adotar um animal, você não apenas dá a ele uma segunda chance de ter uma vida feliz e segura, mas também está contribuindo para o resgate de um ser vulnerável.
Valéria observa que “antes de adotar um animal é necessário que o adotante consulte o bolso, o espaço disponível, os planos para o futuro, o tempo, sua família e sua paciência”.
Não ter condições financeiras ou até mesmo um local físico para acolher um animal em situação de rua é comum. Ainda assim é possível oferecer socorro de outras formas, sem gastos e acolhimento.
Dicas para proteger o animal que está na rua
1. Tire o pet do meio da rua. Se você perceber que o cachorro ou gato está no meio da via, correndo perigo de vida, tente removê-lo de lá o mais rápido possível. Muita gente fica desesperada e sai à procura de alguma ajuda, mas pode ser tarde e é comum esses pets serem atropelados.
2. Leve-o até o veterinário mais próximo. Esses bichinhos estão expostos a inúmeros agentes infecciosos e corpos estranhos. O ideal é que pelo menos sejam vacinados e tomem vermífugos. Várias clínicas veterinárias fazem esse serviço de graça ou oferecem um bom desconto. Se for possível, leve o animal ao médico mais próximo!
3. Procure ajuda de Organizações Não Governamentais (ONGs). Há muitas ONGs que fazem trabalhos maravilhosos com os amiguinhos abandonados. Você pode tanto se candidatar para ser um voluntário, como procurar essas instituições para resgatar os animais.
4. Divulgue nas redes sociais. As mídias sociais e a Internet têm um poder incrível para o bem. Assim como muitos postam fotos e acontecimentos cotidianos, é possível usar esse meio para divulgar casos de animais de rua e inclusive chamar atenção de instituições e pessoas dispostas a ajudar.
5. Apadrinhe um animalzinho. Também dá para ser padrinho ou madrinha de um pequeno amiguinho. Isso nada mais é do que apadrinhar um pet enquanto ele não ganha um lar. Inclusive, se você tem condições de manter o animalzinho por um tempo na sua casa, pode ser um tutor temporário, até alguém de fato querê-lo.
6. Dê comida e água. Em algumas cidades e bairros específicos existem bebedouros e comedouros perto dos animais de rua. Assim, quando a pessoa tiver um pouco de ração para oferecer é só colocar lá. Muitos desses pets ficam desnutridos e, além de precisarem de carinho, necessitam do básico para sobreviver, como água, comida e amor! Os animais são carentes da nossa ajuda, por vezes, estão indefesos e esperam que nós os acudamos.
