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Atualidades Segunda-feira, 20 de Abril de 2020, 00:00 - A | A

20 de Abril de 2020, 00h:00 - A | A

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Feirantes ficam indignados com decreto da prefeitura



José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte

Um dos segmentos que está sendo mais afetado pela pandemia do Coronavírus em Alta Floresta, são os feirantes, principalmente os pequenos produtores que vendem sua produção na Feira Livre Municipal. Desde o começo da crise que a prefeitura fechou a Feira através de decreto.
Ao contrário de outras cidades da região como Matupá e Guarantã do Norte, onde as feiras de produtores seguem funcionando, e obedecendo normas de prevenção para evitar aglomerações, em Alta Floresta a feira permaneceu impedida de abrir até mesmo nos dias de semana.
Nesta semana, os feirantes se preparavam para retomar as atividades, com o decreto 069/ 2020, editado pela prefeitura na segunda-feira, 13, que flexibiliza alguns segmentos que não estavam abrindo as portas. No entanto, na quinta-feira, o prefeito Asiel Bezerra assinou um novo decreto, revogando o anterior, e os feirantes permanecem sem trabalhar. Aguardam que nesta semana, o projeto aprovado pela Câmara seja sancionado pelo prefeito municipal.  

O presidente da Associação dos Feirantes, Juscelino Gomes Pinheiro, disse que os feirantes estão revoltados com a situação e a maioria enfrenta dificuldades para pagar suas despesas, porque dependem do que vendem na feira para sobreviver.

Conforme ele, os feirantes estavam se organizando para trabalhar de segunda a sexta-feira, e a feira permanecer fechada nos sábados e domingo, conforme o que estava no decreto da prefeitura. Mas com a revogação do decreto, frustrou esta expectativa.  
“A gente iria fazer duas feiras, na terça e na sexta-feira. Mas o secretário de Saúde da prefeitura, Marcelo Costa, veio aqui na feira e disse que não era para abrir. Estamos revoltados, mas não podemos fazer nada. Se abrirmos corremos o risco de ser multados em R$ 2 mil. Temos que obedecer!”, enfatiza ele. “Vamos ver se na quarta-feira, o prefeito sancione o projeto que libera o funcionamento”, acrescenta. 
Segundo Juscelino, além de não vender, os feirantes que plantam para vender na feira,  estão perdendo a produção de verduras e frutas, porque não sendo colhido na época certa, acabam se estragando.  
De acordo com ele, a prefeitura prometeu aos feirantes fazer uma lei para enviar para os vereadores aprovarem, para a prefeitura pagar as despesas de energia, água e funcionários da Feira Livre. Como a feira está fechada, a Associação dos Feirantes não tem como pagar estas despesas.
“Vamos ver o que vai acontecer nesta semana. A gente fica sem entender. Tem muitos comércios, que oferecem até mais riscos do que a Feira Livre, que podem abrir. E nós não podemos. A situação de muitos feirantes está muito difícil”, enfatiza o presidente da Feira Livre.

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