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Atualidades Segunda-feira, 30 de Novembro de 2015, 00:00 - A | A

30 de Novembro de 2015, 00h:00 - A | A

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Mato Grosso registra 54 casos de microcefalia



O número de casos de bebês que nasce com microcefalia aumentaram mais de 800% este ano em Mato Grosso, principalmente entre os meses de agosto e novembro. A suspeita de que os casos pudessem ter ligação com mulheres grávidas que contraíram o zíka vírus foi confirmada pela Ministério da Saúde, afirma o secretário estadual de Saúde Eduardo Bermudez.

 O vírus é da mesma família que o que causa a dengue, mas menos agressivo. No entanto, pode fazer com que o feto não tenha um desenvolvimento cerebral adequado caso a mãe o contraia durante a gestação.

 No estado foram registrados pela Secretaria de Estado de Saúde do Estado (SES) 54 casos, sendo identificados 13 em setembro, 24 em outubro e 15 casos em novembro, até o dia 21 do mês. Todos os recém-nascidos diagnosticados são pertencentes à regional Sul de Saúde, cuja sede é Rondonópolis. 

 Como em todo o ano passado foram registrados apenas seis casos em todo o estado, o aumento neste ano, até aqui, é de 866%. "Iremos realizar uma campanha ampla em todo o estado, mas quero ressaltar que é importante a participação da sociedade". Fisse Bermudez.

 Dos 54 casos registrados  neste ano, 46 pertencem ao próprio município de Rondonópolis; quatro são de Pedra Petra; um de Alto Araguaia; um de Alto Garças; um de Jaciara; e um de São José do Povo. Os casos foram registrados no Hospital e Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis.

 A microcefalia é quando o bebê nasce com cérebro menor do que o esperado (perímetro menor ou igual a 33 cm para bebês a termo). A doença compromete o desenvolvimento da criança em 90% dos casos. 

 Um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde mostrou que já foram notificados 739 casos suspeitos de microcefalia em 160 cidades de nove estados do país.

 A principal hipótese para o surto continua sendo o contágio pelo zika vírus. O maior número de ocorrências ocorreu em Pernambuco, que já registrou 487 casos. Depois de Pernambuco, os estados com mais registros são Paraíba (96), Sergipe (54) e Rio Grande do Norte (47).

 Em Mato Grosso, de acordo com o secretário de Estado de Saúde, Eduardo Bermudez, os 54 casos diagnosticados não seriam motivo para alarde.

“Não é momento para ter alarde, mas sim de ter atenção. Em função de uma batalha que possamos ter futuramente, iremos realizar uma campanha ampla em todo o estado, mas quero ressaltar que é importante a participação da sociedade, para  haver um ‘dia da faxina’ na cidade para cuidar e evitar que esse vírus se desenvolva”, disse.

 A Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso está principalmente reforçando as orientações para mulheres que pretendem engravidar e para aquelas que já estão esperando bebês.

 As gestantes devem ter sua gestação acompanhada por consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo médico; não devem consumir bebidas alcóolicas ou qualquer tipo de drogas; não utilizar medicamentos sem a orientação médica;  evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;  adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores da doença;  proteger-se de mosquitos usando repelentes e mantendo janelas e portas fechadas ou teladas.

 As gestantes devem ter sua gestação acompanhada por consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo médico.Essas medidas devem ser seguidas à risca, até que sejam esclarecidas as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia no país.

Zika Vírus -  O zika vírus é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya.

 Não é transmitido de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele.

 Os maiores incômodos são febre baixa, coceira e comichão na pele, além de manchas avermelhadas.  É necessário ficar atento com as contaminações combinadas – dengue, febre chikungunya e Zika vírus – uma vez que os efeitos dessas infecções em conjunto ainda não são conhecidos.

 

 

 

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