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Atualidades Quarta-feira, 17 de Julho de 2019, 00:00 - A | A

17 de Julho de 2019, 00h:00 - A | A

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Matupá nos trilhos da Ferrogrão



José Vieira do Nascimento
Editor Mato Grosso do Norte

O primeiro porto seco da Ferrogrão, ferrovia que interligará o Norte de Mato Grosso a Miritituba (PA) será em Matupá. A afirmação é do prefeito Valter Miotto (DEM). Segundo ele, o projeto da ferrovia, inicialmente, interligará Miritituba a Matupá, e após concluída esta etapa, é que os trilhos seguirão para Sorriso.
Diante disto, Valter Miotto está à frente de um macro projeto de integração regional, em parceria com o governo estadual, para ampliar a logística e proporcionar condições adequadas e competitivas ao escoamento na produção de grãos dos municípios da região de Alta Floresta. 
Miotto observa que a grande Alta Floresta, incluindo os municípios de Apiacás, Juara, Nova Monte Verde, Bandeirantes, Paranaíta, Carlinda, Colniza e Juruena, tem um milhão de hectares abertos. 
“Há um projeto para fazer asfalto ligando Alta Floresta a Juara. Nesta região existe um milhão de hectares aptos para a produção de grãos, para ser transportados pela BR-163 e pela ferrovia. Por Colíder, para chegar aqui no porto, são 300 quilômetros de Matupá a Alta Floresta. Por esta estrada, a distância ficará 140 KM. Veja o quanto irá se economizar com o frete!”, Observa. 
O prefeito explica que o projeto liga a MT 322 a MT 419 entre Nova Mundo e o Rio Teles Pires. O traçado da MT 322 passa pelo trevo de Matupá, pega a BR-163 e liga a 419.  
Através de uma parceria entre prefeitura de Matupá e governo estadual, o município está fazendo o aterro e o governo do Estado está concluindo a ponte do rio Porcão.
A prefeitura de Matupá também elaborou o projeto do asfalto do trecho da MT 322, que passa dentro do território de Matupá, e disponibilizou para o governo estadual. 
De acordo com Valter, o projeto avança e já uma realidade que transformará a região, adiantando o processo de crescimento econômico e permitindo que a soja produzida nestes municípios tenha uma logística em condições de vantagem à Sinop, Sorriso, Lucas e Mutum. 
Segundo ele, o governo estadual deu ordem de serviço para a construção de uma ponte de 150 metros no rio Braço Norte, na comunidade Flor da Selva, na MT 322. A obra está começando e o prazo da empreiteira para entregá-la é fevereiro de 2020. 
Estas obras são de suma importância para toda a região, principalmente para Alta Floresta, que entra no trilhos da Ferrogrão com uma distância de 140 quilômetros. “Com esta rodovia pronta, invés de rodar 302 quilômetros para chegar no porto, vai ficar apenas a 140. Isto representa economia de frete para o setor produtivo, que terá condições de concorrer em condições favoráveis e vantajosas”, analisa.
Valter frisa que o projeto agregará a Gleba Liberdade, que é uma região produtora, que antes não tinha perspectivas em termos de logística.  
Para ilustrar, o prefeito explica que esta alternativa não é a ligação pela 419 que liga Novo Mundo à Guarantã, retornando pela BR-163 para chegar à Matupá. “Quando a ferrovia e o porto seco estiverem prontos, não haverá necessidade de ir de Novo Mundo a Guarantã, fazendo um percurso mais longo. Pode pegar a    rodovia MT 322 e seguir para Matupá. Também não haverá mais necessidade de ir por Colíder e Santa Helena, que é 300 quilômetros mais longe”, explica Valter. 

A rodovia também será uma opção para quem for para Goiânia e Brasília, porque já está sendo feito o asfalto para Barra do Garça, através da BR 080. Desta forma, Matupá estará interligado à Barra do Garça, Goiânia, Brasília e Bahia, a rota Leste/ Oeste, que passará por Cotriguaçu, Colniza e chegará a Humaitá (AM).

  “É este trecho que fica no meio que estamos fazendo. Estamos trabalhando muito em cima deste projeto. Primeiro, estadualizamos a MT- 322, fazendo a ligação com a 419. A partir daí, fizemos o projeto do asfalto e doamos para Sinfra. O trecho de Matupá e Novo Mundo onde é MT 322, o projeto de asfalto está aprovado pela Sinfra [Secretaria de Infraestrutura do Estado de Mato Grosso]. Com isso, aumentou o interesse tanto dos produtores como dos exportadores por esta logística”, comenta.  
O objetivo, segundo Valter Miotto, é viabilizar milhão de hectares que está aberto, acelerando a reforma de pastagem para a produção de soja. “Porque que já é uma realidade?”, Questiona. “Já tem duas pontes praticamente concluídas e daqui para o final do ano deve sair a ordem de serviço para a construção da ponte do rio Teles Pires entre Carlinda e Novo Mundo. O projeto de asfalto são de dois trecho, sendo um de 31 quilômetros dentro do território de Matupá, na MT 322 e o trecho de 15 quilômetros dentro de Novo Mundo. Ambos já estão aprovados e vamos buscar parceria com o governo para dar ordem de serviço a estas obras”, pontua. 
“Na MT 419 onde não tem ainda projeto de asfalto, vamos cobrar a execução. Ou o governo licita ou se constrói uma parceria entre a prefeitura de Carlinda e Novo Mundo para fazer o projeto e doar para o governo do Estado, assim como Matupá fez no trecho no nosso território na MT 322”, enfatiza.  
Polo - Matupá, conforme o prefeito Valter Miotto, está bem localizado e o agronegócio está se instalando no município. Está começando a serem construídos mais três secadores, com capacidade de armazenar mais de 200 mil tonelada de grãos. “O grupo Ovetril, maior armazenadora de Mato Grosso, com dois milhões e 300 mil toneladas, que irá construir uma unidade em Matupá, com capacidade de 100 mil toneladas”, acentua.
A JFA – Logística de Transporte, Cargas e Armazéns e a Martins Armazéns, empresas de grandes portes, também estão se instalando em Matupá. 
“Matupá está se consolidando como polo. Depois de Alta Floresta, será Matupá. E temos a vantagem de ter vários municípios próximos numa distância de menos de 100 quilômetros. A infraestrutura que está sendo implantada aqui, com novas e grandes empresas, a abertura destas estradas, nos coloca como a cidade do futuro e um futuro próximos, que está batendo em nossa porta”, vislumbra Miotto.
“Toda  a produção da região de mais de um milhão de hectares, sairá via Matupá, através da Ferrogrão, com distância de 900 quilômetros para o porto do Pará. Sem contar que a BR-163 será concluída e -privatizada, pois o projeto da ferrovia não inviabilizar a privatização”, conclui o prefeito.

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