José Vieira
Mato Grosso do Norte
A Casa de Apoio de Alta Floresta, que passou a funcionar com uma nova gestão, está realizando um importante trabalho de acolhimento na área social, para pessoas de outros municípios e também de Alta Floresta, que vem para a cidade, principalmente para tratamentos de saúde, e não tem onde ficar.
A nova Casa de Apoio “Nossa Casa”, funciona como uma associação, entidade sem fins lucrativos, que surgiu da empatia de Antônio Viana, que é o seu presidente. Ele se sensibilizou com a situação de muitas pessoas que chegam todos os dias em Alta Floresta, algumas doentes, ou acompanhando parentes ou amigos que estão passando por problemas de saúde, encaminhadas para o Hospital Regional e não tem onde ficar na cidade.
Antônio conta que relutou antes de tomar a decisão, de implantar este projeto social, porque havia um grande desgaste quando se tratava do nome “Casa de Apoio”. Conforme ele, nos últimos anos, pessoas sem interesse de realmente cumprir a função do projeto, estiveram a frente da Casa, fazendo-a perder a credibilidade com atitudes erradas.
Porém, ele decidiu assumir a responsabilidade, alugou uma ampla casa na Avenida -A, número 558, fez as adequações necessárias, e a transformou em um ambiente confortável, onde as pessoas são acolhidas e tratada com carinho e muito respeito.
Antônio conseguiu as parcerias das prefeituras de Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes, Apiacás e Paranaíta.
Porém, a prefeitura de Alta Floresta ainda não fechou contrato com a Casa de Apoio. Conforme Antônio, a prefeita alega que não precisa da Casa. No entanto, vem pessoas de comunidades e localidades distantes do próprio município que são acolhidas na Casa.
Por outro lado, ele disse que faz um trabalho social que seria de responsabilidade da prefeitura.
“Vem muitas pessoas de todas as cidades, como Sinop, Peixoto de Azevedo e Colíder, que ficam em situação de vulnerabilidade e o hospital as encaminham para nós. Tem dois senhores em situação de vulnerabilidade social que há 6 meses estão na Casa. Estamos mantendo ambos, mas isso seria responsabilidade do município”, relata Antônio.
Antônio Viana, presidente da Associação Casa de Apoio
A Casa tem 6 quartos, 5 banheiros, sala de tevê, sala de jantar, uma cozinha ampla e uma área grande. Os quartos de homens e mulheres são separados. A capacidade do local é para abrigar até 40 pessoas. “As pessoas terminam de comer e tem um espaço agradável e aconchegante para ficarem e descansar. Servimos quatro refeições, sendo café da manhã, almoço, café da tarde e jantar”, esclarece Antônio.Ele usa o próprio carro para buscar as pessoas no hospital, pacientes e acompanhantes. E diz que grande parte destas pessoas, não tem condições de ficar num hotel e nem dinheiro para comprar comida. Ficariam passando fome e desabrigas senão fossem recebidas na Casa.
“Geralmente são moradores de outros municípios que chegam no hospital, internam a pessoa que vem acompanhando. Como não tem para onde ir, a assistente social do hospital me liga, vou buscá-las e levo para a Casa de Apoio. Essas pessoas ficam por tempo indeterminado, até no dia que o paciente receber alta”, explica.
O recurso repassado pelas prefeituras é usado para a manutenção da casa, como compra de alimentação, pagamentos de funcionários, combustível, contas de águas e energia e escritório de Contabilidade. [A casa tem três funcionários: uma cozinheira, um guarda e o profissional que cuida do Recursos Humanos-RH] “É um trabalho social. Nosso objetivo e dar conforto para estas pessoas, que estão enfrentando problema, fazendo com que elas se sintam em casa”, comenta.
