Ilson Machado/ Mato Grosso do Norte
O norte de Mato Grosso vem sofrendo as consequências causadas pela falta de chuvas na região. Diante disto, prefeituras de 27 municípios do Estado se viram obrigadas a decretar situação de emergência. A escassez de chuva e o calor forte está provocando uma crise hídrica sem precedentes e o efeito colateral pode ser sentido nos rios e mananciais existentes na região de Alta Floresta.
O município de Apiacás publicou um decreto para a população racionar o uso de água. Os rios existentes, tais como: Córrego Angelim Zeni, Rio das Primas, Córrego Cabral e Rio Bruno, estão com o volume de água tão baixo que é possível ver o fundo, praticamente transformados em bancos de areia e pedras.
A situação, conforme os gestores municipais, exige medidas emergenciais, haja vista que a reserva de água que abastece a cidade, está com o nível reduzidíssimo. O decreto publicado pela prefeitura - número 212/2024- estabelece medidas preventivas para evitar a falta de água tratada para o consumo básico da população, bem como minimizar a falta de água em propriedades rurais.
O decreto proporciona autonomia para a Secretaria de Agricultura providenciar, como medida preventiva, a construção de bebedouros nas propriedades onde existe a criação gado. José Roberto, secretário de administração de Apiacás, em entrevista à imprensa disse que no mapa de monitoramento da seca, elaborado pela Agência Nacional de Água, o município está sendo monitorado e classificado pela agência com seca moderada e seca grave. “Devido a média de chuvas ser muito abaixa do que anos anteriores, está levando parte do nosso município a uma seca extrema”, enfatiza.
No mapa, segundo ele, o desenho da seca grave está exatamente em cima da área urbana, com isso afetando diretamente o sistema da capitação de água para tratamento. “Então foi feito o decreto com algumas diretrizes para a população. Esperamos a compreensão da população para atender estas orientações, evitar o desperdício e usar a água racionalmente, para evitarmos um possível racionamento de água tratada mais severo”, aponta o Secretário.
O decreto que tem duração de 90 dias, determina que as pessoas não lavem fachadas, nem carros, não façam a reposição de águas de piscina, nem lavem calçadas, dentre outras ações desnecessárias nesse período de seca.
“Por enquanto é um decreto de emergência e não de calamidade pública, mas é uma situação emergencial que ascende uma luz de alerta para ficarmos atentos e evitarmos qualquer desperdício de água, até que a situação se normalize”, enfatiza José Roberto.
Municípios que decretaram situação de emergência em decorrência da seca
Apiacás
Água Boa
Alto Paraguai
Araputanga
Bom Jesus do Araguaia
Chapada dos Guimarães
Campo Verde
Canarana
Cocalinho
Comodoro
Confresa
Diamantino
Itanhangá
Jaciara
Juara
Nova Maringá
Nova Xavantina
Novo Horizonte do Norte
Novo São Joaquim
Paranatinga
Pontal do Araguaia
Porto Alegre do Norte
Porto dos Gaúchos
São José do Rio Claro
Santo Afonso Santa Carmem
Sorriso
Tabaporã