por Caroline Borges TV Press
O mês de abril marca uma série de efemérides para Luciano Huck. Além de se incluir nas comemorações dos 60 anos da Globo, o apresentador do “Domingão” também festeja seus 25 anos no canal fundado por Roberto Marinho. Huck, que começou aos sábados à frente do “Caldeirão”, hoje é o principal nome das tardes de domingo da emissora, quando substituiu Fausto Silva. Apesar da mudança de dia e horário, o apresentador não perdeu uma característica fundamental desde sua estreia na emissora. “É engraçado porque eu falo que brigo por cada minuto do ‘Domingão’. ‘Você sabe quantos minutos vão ter no próximo domingo? São 126, 131?’. Cada minuto para a gente vale. E eu tenho tanto prazer em fazer isso”, explica.
Essa briga por minutos e audiência, no entanto, tem ficado mais acirrada ao longo dos últimos meses. O apresentador tem enfrentado a concorrência do futebol em plataformas de streaming e, principalmente, na tela da Record, que exibiu o Campeonato Paulista e atualmente leva ao ar alguns jogos do Campeonato Brasileiro. “Novos desafios motivam a querer fazer melhor. É ótimo que o mercado se desenvolva, é ótimo ter concorrência, ter de brigar ou lutar para fazer um conteúdo tão atrativo que consiga capturar a atenção do maior número de gente”, afirma Huck, que já encarou algumas derrotas nos domingos de bola rolando. “Obviamente, você fica bravo de vez em quando, se incomoda, não é só prazer, mas tem uma motivação muito grande. Então, acho ótimo que a indústria de entretenimento tenha concorrência. Ter gente produzindo bom conteúdo em outras plataformas só nos motiva a fazer melhor”, completa.
Além de manter formatos consagrados no “Domingão”, como a “Dança dos Famosos”, Huck também tem ido em busca de produções inéditas. Recentemente, ele estreou o novo “3 Minutos Para Brilhar”. O quadro celebra o talento e a paixão pela música e oferece a pessoas comuns a chance de realizar seus sonhos e mostrar seu talento vocal para todo o Brasil. Amigos e familiares são os responsáveis por inscrever pessoas anônimas que merecem brilhar em um espetáculo no palco do dominical. Tudo, claro, sem competição, notas ou jurados. “São pessoas que nunca sonharam em ser artistas, nunca sequer pensaram em viver da música. Na verdade, usam seu talento e sua voz como uma válvula de escape, uma forma de levar os pensamentos para longe da dureza do dia a dia. Brasileiros e brasileiras que nunca cantaram para ninguém, mas alguém ouviu e contou para o ‘Domingão’”, aponta.
Neste domingo, dia 27, Huck também se envolve nas celebrações de 60 anos da Globo. O “Domingão” homenageia programas de auditório e o público que forma as plateias. A ideia é revisitar o formato ao longo das décadas na tela da emissora. “Não tem como falar dos 60 anos da Globo sem falar dos programas de auditório. Então, a gente está remontando essa história toda desde quando Silvio Santos começou a apresentar programas na Globo. Acho que os programas de auditório sempre foram um termômetro muito importante, cultural e social do Brasil. Foi onde pela primeira vez os microfones foram estendidos ao telespectador, o povo começou a se ver na televisão, no auditório. É um espelho bacana da sociedade”, ressalta.
“Domingão com Huck” – Globo – Domingo, primeira parte a partir das 14h20. Segunda parte a partir das 18h10.
