por Eduardo Rocha
Auto Press
Desde agosto de 2018, quando lançou o C4 Cactus, a Citroën vem pegando fôlego para apresentar algum automóvel novo no mercado brasileiro. E esta novidade é o novo compacto C3. Não se trata de um sucessor da segunda geração do C3 hatch, que foi produzido em Porto Real até 2020, mas de um novo modelo, com aspecto de SUV pequeno. É dessa mesma planta que sai este lançamento, usando a mesma plataforma EMP do Peugeot 208 feito na Argentina. Essa estratégia alinha o mercado brasileiro com o de outros países emergentes da Ásia – este C3 é produzido também na Índia. E deixa claro que a pegada da marca no Brasil muda bastante. A ideia de luxo e glamour fica definitivamente no passado e a Citroën passa a ser uma fabricante de carros mais baratos e menos sofisticados.
Os valores pedidos pelo modelo deixam esta posição bem evidente. A versão de entrada, Live 1.0, custa iniciais R$ 68.990 e é animado pelo mesmo motor Firefly 1.0 flex da Fiat, com três cilindros, 75 cv e 10,7 kgfm. É a primeira vez no Brasil que um modelo da Citroën conta com um motor 1.0 litro. A versão vem apenas com os itens mais básicos como ar-condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros elétricos, controle de estabilidade, travas elétricas, monitor de pressão de pneus e luzes de condução diurna.
A versão não conta nem com um frugal limpador com desembaçador traseiro. Este item só aparece no pacote Live Pack, que ainda acrescenta central multimídia de 10 polegadas com conexão sem fio com Apple CarPlay e Android Auto, comandos no volante para o som e chave com comando remoto. Com o Pack, o preço sobe para R$ 74.990. Esse valor posiciona o C3 pouco acima dos subcompactos Fiat Mobi e Renault Kwid e logo abaixo de hatches de entrada, como Chevrolet Onix, Fiat Argo, Hyundai HB20 e Volkswagen Gol.
Esta mesma motorização aparece a versão intermediária Feel, que também pode receber o velho motor EC5, um 1.6 16V flex de origem PSA. Ele rende 120 cv e 15,7 kgfm e eleva o preço da versão de R$ 78.990 para R$ 86.990. A versão traz ainda vidros traseiros elétricos, alarme, luzes diurnas em led, volante com ajuste de altura, barras longitudinais no teto e rodas de liga leve de 15 polegadas, além de pequenas diferenças estéticas como um aplique azul no painel e frisos cromados na grade.
A configuração mais completa é a Feel Pack, que acrescenta volante em couro, rodas diamantadas, câmera de ré e câmbio automático de seis marchas ao preço de R$ 93.990. Dependendo da versão, o C3 pode receber opcionalmente pintura metálica por R$ 1.300, teto bitom preto ou branco por R$ 1.300, sensor traseiro e câmera de ré por R$ 1.400 e frisos laterais e protetor de cárter por R$ 900.
A pretensão da Citroën com este novo C3 é atrair o consumidor pelo visual SUV – embora a marca não o classifique assim – para alcançar uma das cinco primeiras posições do segmento. Isso significa dizer que o objetivo ficar entre o Fiat Argo, que tem média mensal de vendas de 4.500 unidades, e o Peugeot 208, que tem conseguido emplacar este ano 2.500 unidades mensais. Se tiver sucesso, a Citroën vai mais que dobrar suas vendas no Brasil, que têm ficado abaixo das 2 mil unidades por mês nesse ano.https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2214154749-escape-shadow-750-2007-usado-modelo-original-_JM - position=14&search_layout=stack&type=item&tracking_id=4b00d9a2-76a3-4d63-a73c-57d2821f2daf