Reportagem
Mato Grosso do Norte
Com uma dívida de R$ 212 milhões, o frigorífico Redentor, de Guarantã do Norte, não vem cumprindo com as reponsabilidades assumidas no acordo de Recuperação Judicial e a ação foi apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Laticínios do Portal da Amazônia (Sintracal).
A empresa, que é de propriedade da Malp Agropecuária, deve mais de R$ 5 milhões de salários atrasados para os colaboradores que estão em atividade. Diante disto, o Sindicato decidiu pedir na justiça a decretação de Falência do frigorifico.
A informação consta de uma petição do Ministério Público do Estado (MPMT) direcionada ao processo de recuperação judicial da organização que tramita na 1ª Vara Cível de Falências de Cuiabá.
O documento foi assinado pelo promotor de justiça, Marcelo Caetano Vacchiano, na terça-feira, 14.
MPM também pede esclarecimentos do frigorífico Redentor sobre uma ação coletiva do Sintracal, que tramita no Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT23), que pede o bloqueio das contas da organização para o pagamento de trabalhadores. Uma decisão de quarta-feira, 15, da juíza do trabalho de Alta Floresta, Janice Schneider Mesquita, determinou a rescisão indireta dos contratos de trabalho.
A decisão visa resguardar a obrigação de pagamentos de verbas rescisórias, FGTS, férias e 13º, aviso prévio e indenizado. Nos autos, a juíza do trabalho confirmou que os trabalhadores do frigorífico estão há pelo menos dois meses com salários atrasados.
“O atraso salarial perpetrado deixa centenas de trabalhadores em situação de penúria e desespero, porque são pais e mães de família que não têm o pão de cada dia para oferecer aos seus filhos”, diz trecho da decisão do TRT23.
A juíza Anglizey Solivan de Oliveira, responsável pela 1ª Vara Cível de Falências de Cuiabá, ainda não analisou o pedido.