José Vieira
Mato Grosso do Norte
A suspensão dos voos de Alta Floresta para Cuiabá impacta fortemente o setor de turismo em todos os municípios da região do extremo norte de Mato Grosso. No último dia 25, a companhia aérea Azul anunciou que a partir de 1º de julho suspenderá os voos nesta rota.
As empresas que atuam no setor de turismo estão extremamente preocupadas e temem que haja uma grande redução nos números de turistas que visitam a região, principalmente para as pousadas de pesca esportiva, turismo de natureza e observação de aves.
A Instância de Governança Regional (IGR) da Amazônia Mato-Grossense, representante dos municípios turísticos da região do extremo norte de Mato Grosso, emitiu uma nota na terça-feira, 27, externando o momento de apreensão provocado pela decisão anunciada pela Azul.
Para a entidade, não apenas o turismo, mais outros segmentos econômicos, sofrerão impactos, refletindo negativamente no processo de crescimento da região.
“A suspensão do voo compromete diretamente o desenvolvimento econômico e social da Amazônia Mato-Grossense. Essa medida agrava o cenário já crítico de conectividade da região norte de Mato Grosso, comprometendo não apenas o fluxo turístico, mas também o transporte de profissionais, servidores, estudantes, usuários do sistema de saúde, empresários e demais cidadãos que dependem dessa rota com a capital do Estado, com 800 quilômetros de distância”, observa a nota.
A entidade também faz um apelo para que a Azul repense sua decisão, abra o diálogo para a busca conjunta de uma solução que viabilize a continuidade dos voos. E recorre e solicita ao governo estadual, por meio da SEDEC e SECEL, apoio institucional, técnico e financeiro para a construção de cenários que sustentem economicamente a conectividade regional.
Ao mesmo tempo que “convoca parlamentares estaduais e federais da região, prefeitos, entidades empresariais, do setor hoteleiro e da sociedade civil para unir forças em prol da manutenção desta importante rota aérea”.
Recuperação judicial - Simultâneo ao anúncio da paralisação dos voos, a Azul também entrou em processo de Recuperação Judicial Nos Estados Unidos, o que leva a crer que a decisão da empresa não tem como base o fluxo de passageiros. Mas a crise que afeta a companhia, mergulhada numa dívida bilionária. A dívida da companhia alcançou R$ 31,35 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 50,3% em relação ao mesmo período de 2024.
Segundo a Azul, a estratégia adotada não se resume apenas à reorganização financeira. "Ao utilizar esse processo, nós acreditamos que criaremos uma companhia aérea robusta e resiliente", informou a Azul.
A direção da companhia informou também que firmou acordos de reorganização financeira com alguns parceiros considerados "chave". A medida visa obter US$ 950 milhões em investimentos. A reestruturação da empresa, que inclui parceria com as companhias aéreas norte-americanas United e American Airlines, está estimada em cerca de US$ 1,6 bilhão.
Abrahao lincon 30/05/2025
Até quando será que Alta Floresta sera tratados como um puxadinho de Sinop, pois toda vez estamos que nos contentar com essa situação, ou a nossas entidades de classe e políticos agem para mudar essa situação ou então ficaremos sentado tratados como tal.
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