Segunda-feira, 22 de Setembro de 2025

Economia Sexta-feira, 19 de Setembro de 2025, 17:10 - A | A

19 de Setembro de 2025, 17h:10 - A | A

Economia / Base Florestal

Tarifaço ameaça setor madeireiro em MT e põem empregos em risco



Dionéia Martins
Mato Grosso do Norte

O setor de base florestal em Mato Grosso vive um dos períodos mais delicados das últimas décadas em razão das tarifas “tarifaço” impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
A medida atingiu em cheio a cadeia da madeira, sobretudo empresas que têm no mercado norte-americano seu principal destino de exportação, como as indústrias que trabalham com pisos e decks de ipê — produto altamente consumido nos EUA e com pouca demanda em outros países.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Extremo Norte de Mato Grosso (Simenorte), Dioni Brezovsky Domiciano, o impacto foi imediato. Várias empresas reduziram turnos, cortaram linhas de produção e chegaram a iniciar processos de demissão.
“Há companhias que trabalhavam há anos exclusivamente nesse nicho e hoje estão à beira do colapso. Isso significa desemprego e um efeito cascata sobre toda a economia regional”, afirmou.

 A dificuldade em redirecionar o ipê para outros mercados agrava a crise. Enquanto países como os Estados Unidos absorviam a produção, ajudando a equilibrar o mercado interno, agora o setor enfrenta estoques represados, queda nos preços e perda de competitividade. “Ficamos praticamente engessados. Não conseguimos repassar o custo das tarifas ao consumidor e a viabilidade do negócio foi comprometida”, explica Dioni.
Para tentar amenizar os prejuízos, sindicatos e federações do setor, enviaram um documento ao Governo Federal, cobrando uma posição firme nas negociações internacionais. Apesar do cenário adverso, o dirigente mantém alguma esperança.

Medida dos Estados Unidos atinge em cheio exportações de ipê, gera demissões em Mato Grosso e pressiona a economia florestal da região

“Precisamos ser otimistas. O desafio é buscar alternativas, testar novas espécies e encontrar mercados que possam absorver nossa produção. Mas, neste momento, quem paga a conta somos nós empresários e nossos trabalhadores”, concluiu.

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