José Vieira
Mato Grosso do Norte
A Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor - Procon de Alta Floresta - cumprindo o que determina o artigo 44 do Código de Direito do Consumidor, divulgou na sexta-feira, 15, o Cadastro de Reclamações Fundamentadas, que é a lista das empresas alvos de reclamações no Procon. A divulgação deste ranking deve acontecer no período de um ano.
A lista é integrada por um total de 485 reclamações do período de janeiro a dezembro de 2023. Os 5 assuntos mais reclamados são crédito consignado [cartão consignado a RMC-cartão de crédito consignado descontado automaticamente do benefício previdenciário do INSS], com 38%, Energia elétrica, 25%, água e esgoto, 15%, cartões de crédito débito/ crédito e cartões de lojas com 13% e telefonia fixa e móvel 9%.
Já os problemas mais reclamados pelos consumidores junto ao Procon são cobranças indevidas e abusivas para alterar ou cancelar o contrato, com 45% e cobranças de serviços não fornecidos, em desacordo com a utilização e fora do prazo com 22%.
foto/ Mato Grosso do Norte
Coordenadora do Procon Alta Floresta, Adelina Dias,
As 10 primeiras empresas que encabeçam a lista de reclamações são Energisa Mato Grosso, com um total de 49, Banco Bradesco S/A com 44, Águas de Alta Floresta Ltda. com 35, Tim S.A 25, Claro S.A 18, Oi Móvel S.A 14, Telefonia Brasil S/A 13, Eletromar Móveis e Eletrodoméstico 11, Caixa Econômica Federal 10 e Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda 9.
Na sequência, aparece a Magazine Luiza com 8 reclamações e os números seguem em forma decrescentes com a maioria das empresas com apenas uma reclamação.
A coordenadora do Procon Alta Floresta, Adelina Dias, observa que as reclamações do consumidor de Alta Floresta, basicamente são de empresas de fora.
“A maioria das reclamações é de fornecedores de fora, mas que às vezes se tornam locais porque na relação de consumo envolve responsabilidades conjugadas. E neste caso o Procon tem que entrar com ação contra os dois fornecedores por conta desta cadeia de responsabilidades. Mas apenas um percentual de 15% das reclamações é de empresas locais”, diz Adelina.
Para ela, o consumidor de Alta Floresta tem um perfil bastante exigente, que procura o Procon para obter as informações sobre determinadas empresas, antes de fechar contratos e fazer compras de produtos. “Recebemos muitas ligações das pessoas buscando orientações e informações sobre seus direitos de consumidor, sobre a legalidade, como é a conduta da empresa no mercado. E um perfil de consumidor que busca seus direitos na relação de consumo”, descreve a coordenadora.
Conforme ela, apenas se transformam em reclamações fundamentadas, o que não é resolvido através do diálogo. De acordo com Adelina, o Procon, a princípio, procura intermediar o conflito entre as partes. “Se não houver um entendimento, temos que registrar a reclamação. Mas primeiro tentamos resolver. Entramos em contato com a empresa, damos um prazo de 10 dias, para o direito de defesa, para depois abrir o processo”, explica.