Sábado, 18 de Maio de 2024

Entrevistas Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2024, 09:23 - A | A

26 de Janeiro de 2024, 09h:23 - A | A

Entrevistas / CINCO PERGUNTAS

Força do interior

Força do interior Fã da obra de Benedito Ruy Barbosa, Gabriel Sater se emociona na pele do misterioso Rachid de “Renascer”



por Geraldo Bessa TV Press            

     Foi difícil para Gabriel Sater conter a emoção ao chegar às locações de “Renascer”. Fã das tramas rurais de Benedito Ruy Barbosa, o folhetim original, de 1993, é uma referência para o ator e cantor. Por isso, fazer parte do elenco do remake que acaba de estrear e pisar nas mesmas fazendas que ambientaram as cenas da primeira versão mexeram com o intérprete do forasteiro Rachid.

É um papel difícil e que já foi brilhantemente interpretado pelo Luís Carlos Arutin. A performance dele é minha maior inspiração”, assume Gabriel, que ainda vive a alegria de dividir um personagem com o pai, o cantor e compositor Almir Sater, que assume Rachid na segunda fase da trama. “Neste último Natal a gente só falou em Rachid (risos). Ele não tem me mostrado muita coisa da interpretação, mas temos discutido bastante sobre o papel”, conta.   

              Paulistano com alma interiorana, Gabriel era criança quando acompanhava o pai nos bastidores de “Pantanal” e “Ana Raio e Zé Trovão”, tramas exibidas pela extinta Manchete no início dos anos 1990. Sua estreia profissional como ator, no entanto, só aconteceu em 2013, na delicada “Meu Pedacinho de Chão”, também de Benedito Ruy Barbosa, onde viveu o misterioso Viramundo. Ocupado com os projetos na carreira musical, ele só voltou a atuar na tevê quase uma década depois, justamente no remake de “Pantanal”, exibido pela Globo em 2022.

Neste último Natal a gente só falou em Rachid

A tevê é minha paixão. E confesso que é bem difícil conciliar uma agenda de shows com a entrega que uma novela exige. Parei a vida musical por um tempo para poder me dedicar ao Rachid”, explica.

P – Como o sucesso de seu personagem em “Pantanal” influenciou neste rápido retorno ao vídeo no remake de “Renascer”?

R – Acho que foi uma questão de projeto. Fiquei um tempo distante da tevê por conta da minha carreira musical. Aí veio “Pantanal” e mudou minha vida, mostrando meu lado ator, mas também colocando minha carreira de cantor em destaque. Quando o Bruno (Luperi, autor) ligou chamando para “Renascer”, foi muito emocionante.

P – Em que sentido?

R – É uma das novelas da minha vida. Gosto de tramas rurais e “Renascer” é um folhetim sobre o Brasil profundo. Eu tinha 12 anos quando a novela estreou e a assisti outras duas vezes ao longo da vida. Aproveitei o convite para viver o Rachid para rever novamente (risos). Sou apaixonado pela história e é muito prazeroso fazer parte deste universo agora.

P – Como foi sua preparação para o papel?

R – Sou fã do personagem construído pelo Luís Carlos Arutin na primeira versão e tive a sorte de trabalhar com a Iris Gomes na questão da prosódia. É a mesma profissional que ajudou o Luís a chegar no sotaque libanês. Então, a troca com ela envolveu um mergulho muito profundo no que foi feito no passado, para a gente entender por qual caminho seguir. É um papel cercado de mistérios, não se sabe de onde vem nem aonde vai e é o grande salvador do protagonista da história, José Inocêncio (Humberto Carrão/Marcos Palmeira).

P – Como foi fazer a famosa cena onde Rachid costura a pele de José Inocêncio?

R – Demorou muito tempo para ficar pronta. Foram dias e dias de ensaios, preparação corporal e gravação. Para chegar com tudo alinhado e parecer que eu sabia o que estava fazendo, nos momentos em que eu estava mais tranquilo, no hotel, treinava a sutura com uma pele fake de silicone, tinha até pelo (risos).

P – Rachid será vivido por seu pai, Almir Sater, na segunda parte da trama. Assim é mais fácil garantir uma unidade artística ao papel?

R – Ironicamente, meu pai não tem me mostrado muita coisa (risos). Só sei que a prosódia dele está muito boa. Ele chegou a conviver com pessoas com descendência Sírio-Libanesa na nossa família. Então, tem essa vivência. A gente tem conversado bastante, discutido muito sobre o personagem. Eu estou em apenas 13 capítulos da história. Então, a missão dele é muito maior e estou bem curioso sobre como o Rachid vai se desenvolver.  

Renascer” – Globo – estreia dia 22 de janeiro, às 21h.

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