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Entrevistas Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2023, 08:46 - A | A

15 de Dezembro de 2023, 08h:46 - A | A

Entrevistas / CINCO PERGUNTAS

No lado oposto

Karin Hils se delicia com as vilanias da invejosa Gláucia e até leva bronca do público de “A Infância de Romeu e Julieta”



Por Márcio Maio - TV Press

Revelada há 21 anos no talento show musical “Popstars”, do SBT, Karin Hils vive sua segunda experiência atuando em uma trama focada no público infantil da emissora de Silvio Santos. Depois de atuar como a noviça Fabiana em “Carinha de Anjo”, exibida originalmente entre 2016 e 2018, ela agora é a ardilosa Gláucia de “A Infância de Romeu e Julieta”, livre adaptação do clássico “Romeu e Julieta”, de William Shakespeare, assinada por Íris Abravanel. “A irmã Fabiana era amada por todos, era como uma grande amiga ou irmã de trapalhadas, conselhos e proteção. Sempre me paravam e ainda param nas ruas de forma carinhosa para falar dela. Com a Gláucia, ainda recebo o carinho do público, acompanhado também de uma chamada de atenção sobre como estou diferente. É bom!”, conta a atriz e cantora.

               Além de trabalhos no SBT, Karin também teve papéis em novelas e séries da Globo e, no ano passado, esteve no elenco de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”, criada por Miguel Falabella e exibida a partir do serviço de streaming Disney+. No total, foram cinco personagens mães na tevê. Dessa vez, porém, a sensação é bem diferente. “É ainda mais especial, pois é uma mãe que não tem vocação para ser mãe. Além disso, nos bastidores, é incrível ver o talento do Samuel Estevam e do Lukas Cabral, que interpretam Dimitri e Nando, meus filhos na trama”, avalia.

             

Muitas vezes, as carreiras de cantora e de atriz se entrelaçaram na televisão. Quando foi chamada para a primeira novela, “Aquele Beijo”, na Globo, exibida originalmente entre 2011 e 2012, Karin chegou a mencionar que era, primordialmente, uma cantora, mas estava se abrindo cada vez mais para atuação

. Agora, 12 anos depois, a postura em relação ao assunto é outra. “Hoje, tenho pânico quando me perguntam do que eu mais gosto, se de atuar ou de cantar (risos)”, desconversa. Quanto ao rumo que Gláucia seguirá em “A Infância de Romeu e Julieta”, a intérprete garante não saber como será o desfecho. Mas arrisca dois palpites. “Talvez gostasse se ela se resolvesse para ter uma relação mais saudável com os demais. Ou então que tivesse um final inusitado, que fizesse jus a todo esse temperamento conflituoso”, diz.

P – Como surgiu “A Infância de Romeu e Julieta” em seu caminho?

R – Recebi a primeira sondagem para esse projeto ainda durante o período da pandemia. Tempos depois, Rica Mantoanelli (diretor de teledramaturgia do SBT) oficializou o convite para eu integrar o elenco de “A Infância de Romeu e Julieta”. Fiquei muito feliz em poder voltar à casa que sempre me acolheu e que deu luz ao meu talento desde 2002.

P – O que mais chamou sua atenção na personagem e na novela?

R – Quando soube que essa família inspirada no clássico “Romeu e Julieta” era inter-racial não só me chamou atenção como me causou a maior felicidade. E, além disso, os personagens negros estão em condição social diferente da que a nossa população está acostumada a ver. Na novela, estamos em papel de liderança e com maior poder aquisitivo. Isso provoca e influencia – principalmente as crianças – a enxergar outra perspectiva quanto à equidade que vivemos. E eu queria realizar um projeto que me tirasse da zona de conforto como atriz, ainda mais sendo uma releitura de um clássico da cultura mundial, da obra de William Shakespeare.

P – Como foi seu trabalho de composição para o papel?

R – Gláucia é um pouco senhora dos absurdos, tem muitas camadas e traz dentro de si frustrações relacionadas à relação com a família, principalmente com o pai. É ambiciosa, péssima mãe e tem como parceiro o marido nas tramoias para tirar do caminho a cunhada e arqui-inimiga Vera (Bianca Rinaldi), que é a menina dos olhos de seu pai, Leandro (Guilherme Sant’anna). Está sendo um processo muito intenso de composição e autoconhecimento para encontrar o tom exato da Gláucia e entender o modo dela de enxergar as situações, já que é diferente da forma que eu enxergo a vida.

P –Nos seus trabalhos na tevê e no teatro, muitas vezes a música se entrelaça com a atuação. Para você, essa seria uma zona de conforto ou, na verdade, trata-se de um desafio ainda maior?

R – Hoje, se torna um desafio. Por mais que eu seja extremamente eclética, se não rola uma conexão com a música, a cantora de 25 anos de carreira acaba lamentando ainda não ter 100% de sua liberdade artística.

P – Quais são seus próximos planos para a música?

R – Desde o término do último retorno do Rouge, lancei meus primeiros cinco singles solo da carreira, que aconteceu no decorrer do período da pandemia. Neste ano, porém, venho me dedicando totalmente à novela e a outros projetos audiovisuais. Mas não vejo a hora de voltar ao estúdio para compor e gravar novas músicas para o meu público. Espero fazer isso o quanto antes, no ano que vem.

A Infância de Romeu e Julieta” – SBT – Segunda a sábado, às 20h45, e cinco capítulos disponíveis todas as segundas-feiras no Prime Video.

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