José Vieira
Mato Grosso do Norte
O prefeito de Matupá, Bruno Mena (União) reeleito para o segundo mandato com expressiva votação, definiu uma lista de prioridades para promover o desenvolvimento do município, bem como sua consolidação como cidade polo regional.
Em entrevista à imprensa, ele avalia que o processo de crescimento da região, necessariamente, passa por Matupá, pela sua colocação estratégica em termos da logística. A cidade será ponto de convergência para embarques da produção do agronegócio do nortão mato-grossense para os portos do Arco Norte.
Veja a entrevista
Pergunta - Qual a principal prioridade de sua gestão neste segundo mandato?
Bruno – É fazer Matupá crescer ainda mais! Sabemos os gargalos que temos. Fizemos uma administração para preparar Matupá para o desenvolvimento. Construímos muito asfaltos, creches, construímos e reformamos postos de saúde, melhoramos o hospital. Tudo isto para estruturar e receber os grandes investimentos. E neste segundo mandato vamos trabalhar para acontecer este, de fato, o crescimento. Somos polo regional de desenvolvimento econômico do agronegócio e vamos nos comportar como tal.
Já temos grandes armazéns se instalando em Matupá e outros já instalados. A produção da região vem toda para Matupá e temos mais de 600 hectares de soja e milho, além de gado e leite e de mineração. Portanto, temos muito a contribuir com Mato Grosso e o Brasil e vamos saber aproveitar este potencial para nosso crescimento.
Pergunta - Matupá está em fase de grande crescimento. Como está sendo pensada a logística para fazer frente a este processo?
Bruno – Temos a possibilidade para breve da ligação de Matupá/Alta Floresta sem a balsa. São 142 quilômetros que ligam à Matupá e Guarantã do Norte através das rodovias MT-208, 419 e 322. Esse trânsito que antes vinha por fora, passa a vir por Matupá. E daqui para os portos de Miritituba e Santarém. E pela MT-322 vai sair no Maranhão. Matupá está localizado no ponto que vai convergir toda esta produção.
Portanto, nossa parte é fazer a expansão da estrutura. Estamos recebendo visita de investidores do setor imobiliário que tem projetos de investir em Matupá. Temos a expectativa que a princípio sejam ofertados 2 mil lotes aqui. Já temos 5 projetos de loteamentos com protocolos na prefeitura, para aprovação. E nossa expectativa é que teremos no mínimo 2 mil lotes nos próximos 2 anos para quem pretende investir e morar em Matupá.
Temos a expectativa que a princípio sejam ofertados 2 mil lotes aqui. Já temos 5 projetos de loteamentos com protocolos na prefeitura, para aprovação
E a prefeitura tem a responsabilidade de fazer a estrutura nos entornos destes locais, para as pessoas que vierem morar, ter o acesso aos serviços públicos e condições adequadas ao direito de ir e vir. E estamos fazendo interligações de avenidas. Estamos com projeto de 17 quilômetros para ligar a MT-322 a estrada E-60 e expandir o anel viário urbano para as áreas industriais e residenciais.
Estamos preparando a cidade para o futuro e o futuro começa agora. Todos estes projetos estão alinhados com nossas bases políticas e vamos buscar os recursos. Trabalhamos para ofertar para todas as empresas de diferentes segmentos, que tenham a estrutura necessária ao investir em nossa cidade. Não somente as loteadoras, mas de todos os segmentos.
Cabe dizer que, de acordo com o IBGE, só perdemos para Sinop em crescimento proporcional. Nossa renda per capita é uma das melhores da região. E somos o município que mais gera empregos na economia de Mato Grosso. Nosso desafio é manter este grande desenvolvimento e vamos trabalhar para isto!
Pergunta - Quais as previsões para asfaltar a estrada municipal E-60?
Bruno – Estamos trabalhando... Hoje um quilômetro de asfalto custa em torno de R$ 2 milhões. É um custo muito grande. E quando falo em estrada, como a E-60 que tem 104 quilômetros, parece algo gigantesco. Mas estamos com projeto de 92 quilômetros já pronto. O projeto também é caro, mas o município já tem o projeto. E nos próximos 4 anos vamos trabalhar junto a nossa bancada de deputados, o governo estadual, os senadores, para viabilizar recursos. Lógico que não iremos construir estes 104 quilômetros em 4 anos, mas estamos trabalhando. E pelo menos parte esperamos fazer.
Pergunta - E sobre a expansão das paralelas da BR-163?
Bruno – Estamos trabalhando na abertura das paralelas. Já asfaltamos cerca de 4 quilômetros de paralelas para interligar do frigorífico Frialto até na Amaggi, dos dois lados. Portanto, já começamos estas aberturas e há outras obras iniciadas. Nosso objetivo nestes 4 anos é continuar, porque isto tem que ser feito. As paralelas tem vários benefícios. Primeiro a vida das pessoas de não atravessar a BR para ir trabalhar ou para qualquer outra necessidade de locomoção. E também atrair os investimentos, valorização das áreas e a própria expansão urbana. E também para as empresas de máquinas agrícolas se instalarem nas margens da BR-163, como é em Sorriso, Lucas e Mutum.
Sabemos os gargalos que temos. Fizemos uma administração para preparar Matupá para o desenvolvimento
Pergunta - De que forma o senhor apoia o empreendedorismo?
Bruno – Trabalhamos unidos com todo o sistema S e não atrapalhamos o empreendedor. Temos parceria com a Associação Comercial, com o SEBRAE, SENAI. SENAC e com o SENAR. Todos estes órgãos do Sistema S trabalham em Matupá e tem contrato com a Prefeitura. E a qualificação profissional acontece dentro da Escola Técnica Estadual que estava abandonada, mas que conseguimos, com muito empenho, inaugurar. Temos que atrair novas empresas para o município, mas também dar condições para as empresas locais crescerem.
Pergunta - Quais as suas ações na área do Turismo?
Bruno – Temos nossos lagos que são muito belos. E temos dois grandes eventos anuais, que são o Natal e o Réveillon, que deixam a cidade muito movimentada. Os lagos, além de atrativos, dão qualidade de vida. Tem gente que opta por morar em Matupá pela qualidade de vida. Quem tem Jet ski pode se cadastrar e andar nos lagos nos finais de semana, assim como lanchas.
E nossa Gastronomia também é muito forte, com uma variedade de pratos típicos. Os restaurantes de Matupá são muitos visitados por pessoas de Guarantã, Peixoto e Terra Nova diariamente.
Foto/ Reprodução

Prefeito quer projetar Matupá
Pergunta - Há investimentos na Agricultura Familiar?
Bruno – Investimos muito na Agricultura Familiar. Ultrapassamos em contrato [não em compra] de R$ 1 milhão com a Associação dos Pequenos Agricultores do município. E damos apoio através da Secretaria de Agricultura para o Agricultor plantar, apoiamos com trator, doamos calcário, adubo orgânico, irrigação e compramos do pequeno produtor para ele entregar nas escolas e no hospital municipal.
E entregamos frutas, verduras e legumes todas as terças-feiras para famílias em vulnerabilidade, através da Assistência Social. O pequeno agricultor é valorizado! E estamos concluindo uma feira para atender o pequeno produtor na venda de seu produto. Também vamos regularizar chácaras no perímetro urbano e sítios.
Hoje temos cerca de mil sítios na zona rural e 1.200 áreas na cidade, que são chácaras e moradias, que ainda tem problemas de regularização fundiária que estamos trabalhando para resolver.
Já entregamos cerca de 300 títulos na área rural e outros 300 na área urbana. E nosso projeto é finalizar todas as entregas.
Pergunta - E na área de habitação?
Bruno – Temos um projeto único no Estado que é a Casa do Trabalhador, que foram 30 casas para pessoas que pagavam o aluguel e trabalhavam, de acordo com o tempo de moradia no município. O programa foi um sucesso e está previsto no orçamento deste ano mais 20 casas. E conseguimos 50 casas do programa Ser Família, que estão em fase final. Isto é pensar no social. Temos vários programas voltados a atendimento às crianças, idosos e mulheres da população mais carente do município e também aos povos indígenas.