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Esporte Terça-feira, 25 de Outubro de 2016, 00:00 - A | A

25 de Outubro de 2016, 00h:00 - A | A

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Capitão do tri, Carlos Alberto Torres morre aos 72 anos



Faleceu nesta terça-feira, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, o capitão do tricampeonato da seleção brasileira, Carlos Alberto Torres. De acordo com o SporTV, onde o 'Capita' era comentarista, ele foi vítima de um enfarte fulminante. Ainda não há informações sobre velório e enterro. Sua última aparição na TV foi no domingo, após a rodada do Brasileirão.

Carlos Moraes / Agência O Dia

Torres é considerado um dos maiores laterais-direitos da história - para muitos, o melhor deles. O capitão do tri atuou profissionalmente por quase uma década e chegou a ser campeão com o Flamengo, Botafogo e Fluminense como treinador. Desde 2005, entretanto, estava afastado dos gramados como técnico e trabalhava apenas como comentarista.

O Capita começou a carreira no Fluminense, saindo de lá aos 22 anos, já como um dos melhores do País. Tinha características ofensivas, algo então raro para um lateral. Em 1963, estava na seleção brasileira que ganhou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos disputados em São Paulo. No ano seguinte, ganhou o Carioca pelo Flu.

A melhor fase da carreira, entretanto, foi pelo Santos, clube que defendeu entre 1965 e 1975, com um breve intervalo para passar um ano no Botafogo. No time praiano, atuou por 445 vezes, sendo o 11.º com mais partidas, atrás apenas de outros contemporâneos da Era Pelé e do ex-lateral-esquerdo Léo.

Depois de brilhar na Vila Belmiro, voltou para o Fluminense, ganhando mais dois Campeonatos Cariocas, em 1975 e 1976. Na parte final da carreira, passou também pelo Flamengo e se aventurou nos Estados Unidos, jogando pelo New York Cosmos até os 38 anos.

Pela seleção brasileira, chegou a ser convocado para a Copa do Mundo de 1966, mas acabou cortado. Em 1970, já era o capitão que entrou para a história por ser o último a levantar a Taça Jules Rimet, depois roubada. No total, fez 53 jogos pelo Brasil até 1977, marcando oito gols.

A carreira de treinador começou em 1983, no Flamengo, e não foi das mais vitoriosas, ainda que ele tenha passado por boa parte dos principais clubes do País. No começo da década de 1990, chegou a ser vereador no Rio.

Clubes fazem homenagens ao ex-jogador Carlos Alberto Torres

Carlos Alberto Torres foi um dos maiores laterais da história do futebol brasileiro, conhecido mundialmente como o capitão da Seleção que levantou a taça do tricampeonato mundial, em 1970. Com uma história de glórias no esporte, diversos clubes brasileiros prestaram homenagens ao ex-jogador, após o anúncio de sua morte.

O 'Capita' foi homenageado nas redes sociais de Botafogo, Flamengo e Fluminense, clubes pelos quais teve passagem tanto como jogador, quanto como treinador, sendo o comandante de um título brasileiro no Rubro-Negro e da Copa Conmebol, pelo Alvinegro.

Em comunicado oficial publicado no site do clube, o Bota lamentou a morte do ex-jogador, relembrando que Carlos Alberto Torres faz parte do 'Time do Século XX' do clube e a conquista sul-americana, em 1993. O Alvinegro ainda prestará homenagem na sede de General Severiano, hasteando sua bandeira a meio-mastro.

"Obrigado por tudo que fez pelo Botafogo, pela Seleção e pelo futebol brasileiro, Carlos Alberto Torres!", dizia uma publicação feita pelo Alvinegro em suas redes sociais.

O Flu também prestou homenagens, relembrando as passagens do lateral pelo clube. Peter Siemsen, através de sua conta no Facebook, lamentou a morte do 'Capita'.

"Muito triste com a perda do nosso grande capitão Carlos Alberto Torres, um dos maiores laterais da história do futebol mundial. Formado nas categorias de base do Fluminense, o Capitão tinha sangue tricolor e participou de um dos grandes momentos da história do nosso amado clube", afirmou o mandatário do Tricolor.

O Flamengo fez uma publicação em seu site oficial, relembrando a história do comentarista dentro do clube, como jogador e treinador, além de considerar seu falecimento como uma 'perda irreparável'.

"O #CapitaEterno honrou o Manto Sagrado como jogador e treinador. Técnico do Tri Brasileiro de 1983. Uma perda irreparável. Descanse em paz."

A série de homenagens também contou com a CBF, que também se pronunciou e decretou luto oficial de três dias.

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