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Geral Quarta-feira, 24 de Abril de 2024, 18:20 - A | A

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Geral / Peixoto de Azevedo

Audiência de custódia: Marido de Inês diz que esposa matou dois porque estava sofrendo ameaças

O alvo do atentado seria o garimpeiro "Polaco", dono do imóvel que anteriormente era alugado por Inês



Reportagem

Márcio Ferreira Gonçalves, preso sob acusação de envolvimento no duplo homicídio em Peixoto de Azevedo  alegou, durante audiência de custódia, que a esposa dele, Inês Gemilaki, apontada como autora do crime estava sendo ameaçada. Segundo ele, as constantes ameaças sofridas pela família teriam desencadeado o atentado que deixou duas vítimas no domingo, 21. 

"Até então eu não sabia do crime, eu não estava junto. Fui saber depois que aconteceu tudo, daí eu fiquei com medo porque achei que eram as pessoas que estavam ameaçando a minha esposa. Tinha gente ameaçando ela por isso aconteceu tudo isso", disse. 

A versão de Márcio de que não teria participado do crime foi corroborada pela cunhada dele, Jessica Furtado, esposa de Éder Gonçalves Rodrigues, que também foi preso por envolvimento no duplo homicídio. Márcio, que é mecânico, estaria trabalhando na oficina quando tudo acontecendo, conforme narrou Jessica à polícia.

Durante a audiência de custódia, Márcio reforçou que foi confundido com o irmão tendo a identidade e as fotos erroneamente espalhadas pela polícia como envolvido no crime.  

Éder, por sua vez, só teria participado da empreitada criminosa após ser coagido por Inês e pelo filho dela, Bruno Gemilaki, segundo depoimento da esposa dele. Vídeos registrados na casa onde aconteceram os homicídios mostram Éder do lado de fora de uma caminhonete com uma arma nas mãos. 

O alvo do atentado seria o garimpeiro 'Polaco', dono do imóvel que anteriormente era alugado por Inês. Ambos tiveram desavenças com relação à casa e porque a mulher desconfiava que tinha sido 'monitorada' enquanto viveu no lugar. 'Polaco' conseguiu sobreviver à tentativa de homicídio, mas o crime deixou como vítimas  Rui Luiz Bogo, de 68 anos, e Pilson Pereira da Silva, de 80 anos.

 

A mulher também deu informações sobre a briga de Inês com o homem que ela queria matar, destacando que ele ofereceu R$ 200 mil pela cabeça da mãe e do filho após as mortes de Pilson Pereira da Silva e Rui Luiz Bogo. O depoimento consta no auto de prisão em flagrante de Eder, da Comarca de Alta Floresta.

 Perdão

,O padre José Roberto Domingos, sobrevivente do duplo homicídio em Peixoto de Azevedo, disse que já concedeu perdão a Inês Gemilaki, 48, e o filho Bruno Gemilaki Dal Poz, 28, que foram presos como autores do crime. O religioso disse que o “pecado cega as pessoas” e clamou que eles aproveitem o tempo da reclusão para buscar a conversão.

“Apesar do que houve, eu quero perdoar tanto a Inês quanto seu filho Bruno porque o pecado cegas as pessoas. Eu oferto esse sangue derramado de minha mão pela conversão deles. E nesse período de prisão, que o tempo sirva para que eles se convertam. Uma coisa é o perdão, outra coisa é pagar,”, expressou.

 O padre José Roberto Domingos foi baleado quando mãe e filho invadiram a casa onde ocorria uma confraternização e mataram dois idosos, no domingo, 21. Ele revelou em um áudio enviado a um amigo que escapou da morte “primeiro, pela vontade de Deus” e depois porque a bala que o atingiu desviou após acertar seu relógio. O líder religioso passou por cirurgia e recebeu alta nesta terça-feira, 23.

 

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